quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

"SANTA MARIA", ROGAI POR TODOS

Como sempre acontece e ninguém faz nada para mudar, o Brasil é conhecido por ser o país que mais se utiliza do ditado "fechar a porta depois de roubado". No caso em questão, isso é uma forma figurada para lembramos do caso ocorrido na madrugada do último domingo (27), quando 235 jovens morreram em uma boate da cidade gaúcha de Santa Maria. Depois do impacto da notícia, veio o "pipocado" de ações nos quatro cantos do país, dando conta que as autoridades iriam fiscalizar boates, casas de shows, etc. No meu entender, sendo eu  um quase analfabeto, isso deixa transparecer que a coisa, até  o dia dessa tragédia, estava por "conta do cão', que nenhum estabelecimento desse tipo estava sendo fiscalizado. O anúncio de tais fiscalizações a toque de caixa soam como uma confissão de culpa antecipada. Porque, pense comigo: Se os outros estados estavam com essas fiscalizações em dia, por que então essa "sangria desatada" para fazer isso agora?
Vale lembrar que no caso de Camocim, não há risco algum de ocorrer um incêndio em uma boate. Não porque haja total fiscalização, ou segurança nesse sentido, mas sim porque não existe boate na cidade. E é bom que continue sem existir, porque outra coisa que falta é um quartel de bombeiros. Qualquer incêndio que ocorra em Camocim, o quartel mais perto fica a 120 Km, em Sobral, que só poderá prestar socorro, após umas 3 horas de viagem, caso os bombeiros não estejam em outro incêndio, em algum dos demais 54 municípios que dependem do mesmo quartel. Diante de tudo que houve em Santa Maria, que abalou o mundo, fica mais uma vez patente a falta de preparo das instituições para lidar com suas obrigações, sendo que, no caso de Camocim, temo que um dia a população receba urgentemente um quartel de bombeiros, não porque já estava no tal cronograma governamental, mas sim por ter ocorrido alguma tragédia anunciada.    
Postado por Tadeu Nogueira às 14:14h