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Agora resta saber como estarão esses valores durante a semana santa, quando os grandes atravessadores, que estão mais ricos a cada dia, deixando os pescadores artesanais cada vez mais dependentes e mais pobres, irão "tabelar" o preço por conta própria, vendendo para outros estados um produto de boa qualidade, deixando na cidade só os "ributalhos". Afinal, em Camocim, pescador não vende o pescado diretamente ao consumidor, já que a grande maioria deles sai para o mar já devendo ao grande atravessador, ficando assim à mercê do que ele quiser pagar na volta. Se vier sem peixe, a dívida sobe, virando assim uma enorme "bola de neve". Enfim, o camocinense, seja na semana santa ou fora dela, paga caro por um produto sem qualidade, o que joga de vez por terra a lenda que corre até hoje mundo afora, de que, quem mora em Camocim, paga por um peixe barato e de primeira linha. Poucos são os que têm acesso a isso. A desigualdade corre frouxa na cidade, seja na terra, no ar ou no mar. O resto é mito.
Postado por Tadeu Nogueira às 14:14h