Segue abaixo, matéria do sempre excelente, Blog Camocim Pote de Histórias, do Professor Carlos Augusto:
No Brasil, apesar do franco
desenvolvimento da indústria editorial, ainda temos uma grande defasagem com
relação à formação de público leitor, assim como de uma distribuição mais
equitativa de bibliotecas e livrarias entre as regiões. Programas editoriais ligados à esfera
pública e iniciativa privada são iniciativas que poderiam resolver este
problema. Por outro lado, são poucas as prefeituras e mesmo estados no Brasil
que possuem programas editoriais com efetiva regularidade. A ideia é que a Prefeitura Municipal de Camocim viabilize
um programa editorial permanente, aproveitando o potencial literário da
população camocinense, representado por escritores, poetas e historiadores
locais, ligados ou não à entidades literárias como ACCAL – Academia Camocinense de Ciências Artes e Letras ou do Grêmio Literário Professor Ivan Pereira de
Carvalho. Por outro lado, lei específica para este projeto já foi
criada com a denominação de Programa Editorial Carlos Cardeal,
bastando ser retomada, aperfeiçoada ou mesmo ampliada.
Desta forma,
anualmente, através de edital específico poderia se estabelecer a publicação de 02 ou 03 livros de autores camocinenses nas
áreas de literatura (romance, conto, poesia) e história local, com premiação ou
não para os vencedores. A própria publicação da obra já seria um prêmio, que
seria distribuída e trabalhada na rede pública de ensino municipal. Recursos
para projetos dessa natureza podem ser captados tanto em Leis e Editais
específicos de incentivo do Governo
do Estado e Governo Federal. No entanto, face aos custos de uma ação
como essa, em relação a eventos realizados nas áreas da cultura e da educação,
o próprio orçamento da Secretaria de
Cultura ou mesmo da Educação, poderiam
perfeitamente cobrir estes investimentos na criação de um pólo cultural na
área.Sem dúvida, com a adoção deste projeto Camocim entraria para o circuito
cultural do Estado. Projetos deste tipo, do nosso conhecimento no Ceará, só
existem nas cidades de Fortaleza e Sobral. Isso criaria um polo literário
e historiográfico que redundaria em visibilidade cultural e atrairia outros
eventos como feiras, seminários, dentre outros.
Lá vou eu: Sobre a lei citada pelo Professor Carlos Augusto na matéria acima, ela realmente existe, e foi uma sugestão dele mesmo, acatada pelo Vereador Kléber, votada, aprovada, e sancionada pelo então Prefeito Chico Vaulino. Contudo,
na dotação orçamentária para o referido projeto, o mesmo prefeito vetou a proposta do Vereador Kléber Trévia. A Câmara manteve então o veto. Em resumo (parece piada): A lei existe, mas não há dotação orçamentária pra ela. Daí, como é que vai funcionar? É como se não existisse. Coisas de Camocim.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:12h
Com informações do Blog Camocim Pote de Histórias