Em maio de 2009 o então Prefeito de Camocim, Chico Vaulino, após ser pressionado pela Procuradoria do Trabalho de Sobral, se comprometeu a realizar concurso público. Afirmou abertamente que faria isso no segundo semestre daquele mesmo ano. Nunca fez. Nunca cumpriu o que assinou perante a justiça. Somente em 2012, após assinar um segundo termo de ajuste de conduta, o concurso foi realizado, por um empresa, no mínimo, atrapalhada. Mas durante esses 3 anos de não realização do concurso, qual era a desculpa oficial do prefeito e seus asseclas? Bom, vamos relembrar, porque parece que tem gente esquecendo.
A desculpa era uma só: A demora seria por conta da escolha "a dedo" da empresa que deveria realizar o certame, pois o prefeito queria tudo muito correto, direito, transparente. Essa desculpa foi engolida a seco por instituições como o Sindicato APEOC de Camocim e pela Defensoria Pública, na pessoa do Defensor Edmar Albuquerque. Foram 3 anos para escolher a empresa, e no final, o prefeito escolheu uma que nunca havia feito um único concurso no Ceará, tinha um currículo cheio de denúncias e que transformou, antes, durante e depois, o concurso de Camocim num festival erros, servindo até de chacota na mídia nacional.
Mesmo após a divulgação dos aprovados, não lembro de ter visto o Sindicato APEOC, por exemplo, cobrando a imediata convocação dos aprovados. O Ministério Público, esse nunca vi recomendando, nem a realização do concurso, nem mesmo a convocação imediata dos aprovados. A Defensoria até se manifestou cobrando a realização do concurso, ainda em agosto de 2011, através de uma audiência pública, mas depois todos viram que o interesse era político, pois o defensor era candidato a vereador pelo grupo do então Prefeito Chico Vaulino, tendo sido um dos mais fanáticos, chegando ao ponto de carregar em seu veículo, um peixe inflável, "pra cima e pra baixo", em alusão ao então candidato a prefeito, Chiquinho do Peixe. Ou seja, em meu entender, o concurso foi usado como massa de manobra, como trampolim político. Mas pelo jeito não deu certo, já que o referido candidato só obteve 170 votos.
Ou seja, tudo indica que para conseguir a simpatia do povo, o defensor, ao defender o concurso antes da eleição, e se calar durante a campanha e após o pleito sobre o mesmo tema, fez o conhecido "morde e assopra" em relação ao o poder municipal. Hoje, 2 meses após uma nova gestão assumir, vejo o Sindicato Apeoc profundamente "envolvido" na busca pela convocação dos aprovados no concurso que, quando até bem pouco tempo, isso não era pauta do sindicato, e paralelo a isso, surge o mesmo defensor, cobrando de forma incisiva a mesma convocação. Até mesmo os vereadores do grupo político do ex-Prefeito Chico Vaulino, que sempre usaram uma mordaça quando o assunto era "concurso público", agora esbravejam, exigindo convocação, como se eles viessem fazendo isso nos últimos 4 anos. Esses, como são políticos, é perfeitamente compreensível o uso dessa dose cavalar de hipocrisia. Afinal, política e hipocrisia são "unha e carne".
Ou seja, tudo indica que para conseguir a simpatia do povo, o defensor, ao defender o concurso antes da eleição, e se calar durante a campanha e após o pleito sobre o mesmo tema, fez o conhecido "morde e assopra" em relação ao o poder municipal. Hoje, 2 meses após uma nova gestão assumir, vejo o Sindicato Apeoc profundamente "envolvido" na busca pela convocação dos aprovados no concurso que, quando até bem pouco tempo, isso não era pauta do sindicato, e paralelo a isso, surge o mesmo defensor, cobrando de forma incisiva a mesma convocação. Até mesmo os vereadores do grupo político do ex-Prefeito Chico Vaulino, que sempre usaram uma mordaça quando o assunto era "concurso público", agora esbravejam, exigindo convocação, como se eles viessem fazendo isso nos últimos 4 anos. Esses, como são políticos, é perfeitamente compreensível o uso dessa dose cavalar de hipocrisia. Afinal, política e hipocrisia são "unha e carne".
Diante disso, temos claramente um "filme" da vida real, recheado de falta de isenção, incoerência, conivência e uma alta taxa de conveniência. Afinal, o que pensa de verdade quem se posiciona de uma forma em uma determinada situação, e muda radicalmente, pouco tempo depois, quando está diante da mesma situação?
Lembrando que o blog sempre lutou, desde maio de 2009, quando o prefeito prometeu o que não cumpriu, pela realização do concurso. Além disso, sempre contestamos a empresa escolhida "a dedo" para realizar o certame, sempre mostramos denúncias de candidatos que se sentiram prejudicados, e sempre achamos que o referido concurso não foi feito dentro da legalidade. Resta agora ficar provado que o concurso não está dentro da lei, e se for provado que nada há contra ele, o blog entende que todos os aprovados devem ser chamados, respeitando o prazo legal que existe pra isso. Afinal, por que não havia cobrança disso quando o administrador da cidade era quem "empurrou com a barriga" a realização do concurso por 3 anos, tendo como aliados a paciência impressionante da APEOC, MP, Defensoria e seus Vereadores? Enfim, o que cerca o repentino interesse por um assunto que estava "jogado às traças" até 31 de Dezembro de 2012?
Postado por Tadeu Nogueira às 10:34h