Logo
que saiu o resultado da votação para prefeito de Camocim, em outubro de 2012, o
grupo político que ficou em segundo lugar, do Ex-Prefeito Chico Vaulino
entrou na justiça alegando irregularidades na captação de votos, por
parte da candidata vencedora, no caso, Monica Aguiar. A atitude é conhecida no
mundo jurídico como "jus sperniandi", quando a parte derrotada apela até para a astrologia no intuito de tentar reverter a situação. O objetivo, na maioria dos casos, é manter a moral da "tropa" (eleitores). Portanto, trata-se, acima de tudo, em cidades que mantém "currais eleitorais", com "voto de cabresto", de uma tática, até porque, em muitos casos, os votos dessa "tropa" precisam ser negociados na eleição que se aproxima, e eles precisam de um incentivo, de um "fio de esperança".
Nesta segunda (08) a justiça eleitoral começou a ouvir as
testemunhas, de defesa e acusação, arroladas ao processo. Em frente ao fórum, alguns ex-funcionários
contratados, da época da Era Vaulino, agora desempregados, obedecendo ao "chefe", foram
aguardar a entrada de pessoas ligadas à administração atual, com a missão de
vaiar, gritar e de praticar outras outras ações irracionais.
No final do dia, após os depoimentos, findou mais um capítulo típico de cidade do interior,
que respira política, já que falta emprego, saúde de qualidade e
desenvolvimento. O tema "política" acaba então virando
opção de "lazer" para os alienados. O processo continua sua
tramitação normal. Nada, obviamente, foi decidido hoje. O mesmo tipo de "jus sperniandi" de Camocim ocorre em Fortaleza e diversas outras cidades onde, quem perdeu a eleição no voto, procura ganhar na justiça.
Postado
por Tadeu Nogueira às 20:46h