quinta-feira, 13 de junho de 2013

OS INTOCÁVEIS

Após matéria publicada neste blog sobre estrangeiros que são vistos em Camocim, acompanhados de jovens que aparentam ser menores de idade, várias perguntas foram enviadas por leitores, via e-mail e facebook. Entre elas, uma quis saber por que é tão raro serem vistas em Camocim,  abordagens policiais feitas junto a estrangeiros. O leitor em questão disse ainda que a falta desse procedimento parece ser comum, não só em Camocim,  mas também em outras cidades turísticas do estado, dando assim a entender que os "gringos" não estão sujeitos às leis do país, e que por isso circulam  com a certeza de que não serão checados, como se o idioma falado, a cor da pele, o biotipo, fosse uma espécie de "coró card", pelo menos no caso de Camocim. É como se fossem "intocáveis". O mesmo tratamento não é dado aos filhos da terra, que vez por outra passam pelo famoso "baculejo". O certo então seria o "baculejo" para todos. 
Em caso recente, foi descoberto que um Holandês, acusado de matar o próprio filho em Fortaleza, juntamente com sua companheira camocinense, com a qual convivia há 6 anos, estava totalmente ilegal no país. Acontece que tal constatação só foi possível após a morte de uma criança, que só foi encontrada através de denúncia anônima.  
De acordo com informações da mídia da capital, o holandês teria tentado legalizar sua situação através da velha tática de casar com uma nativa, o que daria a ele o direito de residir legalmente em solo brasileiro, mas isso não teria dado certo por conta de ausência de alguns documentos. A tática de casar com uma moradora local é antiga, e vem "colando" muitas vezes. Diante desses fatos e relatos, imagina-se então que prevenir mais uma vez seria melhor que remediar, ou seja, as autoridades de Camocim possuem dados que certificam a legalidade dos estrangeiros que residem na cidade? A maioria parece chegar como turista, daí acabam morando. Alguns, nitidamente, fazem isso de forma legal, inclusive interagindo com a sociedade, e até investindo na economia local, já outros, parece que só Deus, em sua infinita sabedoria, sabe algo sobre eles.  
Postado por Tadeu Nogueira às 11:01h