
O regimento
interno da Câmara prevê que propostas retiradas, como foi o caso do projeto da
"cura gay", não podem ser apresentadas na mesma sessão legislativa,
ou seja, este ano, "salvo deliberação do plenário". Baseando na
ressalva de que a proposta pode ser novamente apreciada pelo plenário, o
deputado reapresentou o mesmo texto do colega João Campos (PSDB-GO), autor
do projeto. Segundo ele, se a Mesa Diretora da Câmara entender que o
projeto não pode voltar a tramitar, ele promete recorrer ao plenário. "O
debate sobre o tema não está encerrado", afirmou. Anderson Ferreira (à esquerda) mudou nesta manhã a própria estratégia
para retomar o debate. Inicialmente, ele estava disposto a apresentar uma
proposta similar, mas não idêntica ao original. Chegou a redigir uma nova
proposta, mas diz ter desistido de apresentá-la hoje. Com um texto diferente, a
proposta poderia retomar a tramitação no Congresso ainda este ano sem a
necessidade de ser avalizado pelo plenário da Câmara. Ferreira, contudo, disse
que, neste primeiro momento, pretende insistir no projeto original que prevê a
derrubada de trechos de uma resolução do CFP (Conselho Federal de Psicologia)
e, dessa forma, permitir que os psicólogos oferecessem tratamento para a
homossexualidade. Na terça, o arquivamento da proposta foi motivado por manobra de parte dos
líderes da Câmara e do PSDB --partido do autor do projeto. Campos pediu nesta
terça o fim da tramitação da matéria, solicitação rapidamente aprovada pelo
plenário da Casa. Ferreira sabe do risco de ver, novamente, a proposta
rejeitada pelos colegas de plenário. "Há um sentimento para ser rejeitado,
mas ele deveria seguir passo a passo antes de ser arquivado", disse o
deputado.
Lá vou eu: Pronto, virou projeto "cururu".
Postado por Tadeu Nogueira às 19:03h
Com informações da Folha