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O convênio que motivou o MPC a ampliar as
investigações é referente à realização do campeonato Wind Slalom, em 2011.
Naquele ano, a Sesporte repassou R$ 220 mil à Associação, que, por sua vez,
resolveu subcontratar uma produtora de eventos através de licitação, conforme
permite a lei.
O MPC aponta que a vencedora do certame com
proposta de R$ 65 mil, a C.A. Eventos – sediada em Sobral –, não trabalhou na
organização do Wind Slalom. O serviço e o dinheiro teriam sido repassados a uma
empresa parceira da Associação, a Tai Produções, que havia participado do
processo licitatório e tinha sido derrotada, com proposta de preço R$ 10 mil
mais cara que a da C.A Eventos.
Com base em documentos apresentados na prestação
de contas do evento, o Jornal O Povo apurou que ex-funcionários da Tai
também aparecem como fornecedores do Wind Slalom sem, no entanto, terem
prestado serviço à competição. Uma mulher que havia estagiado na empresa em
2011 consta como fornecedora de troféus. Por telefone, ela afirmou que nunca
atuou no ramo. Em junho deste ano, o MPC entrou com ação no TCE, para que a
Corte desse encaminhamento ao caso. Até agora, no entanto, nenhuma das partes
foi ouvida. O Ministério Público também aponta que pode ter havido
superfaturamento de até R$ 28,3 mil no convênio, em aquisição de coletes,
aluguel de tendas e veículos, entre outros. O órgão sustenta a denúncia com
base em pesquisa no mercado, para serviços idênticos ao exigido pela
Associação.
O Jornal O Povo conversou com o proprietário da
C.A. Eventos, o presidente da Associação, a proprietária da Tai e o coordenador
jurídico da Sesporte (veja AQUI o que cada um disse). Eles rebateram as
acusações, alegaram que não foram procurados pelo TCE para saber sobre as
denúncias e não puderam se defender formalmente. Com o andamento da ação no
TCE, eles ainda deverão prestar esclarecimentos.
Postado por Tadeu Nogueira às 18:08h
Com informações do Jornal O Povo