sexta-feira, 20 de setembro de 2013

COISAS DA YLA

MINHAS RECORDAÇÕES 
DO "COLÉGIO NOVO"
Decididamente, a educação do passado podia não alcançar índices de aprovação ou ser a melhor entre vários contextos, mas, em relação ao respeito, disciplina e patriotismo, isso sem dúvida alguma era melhor do que a educação atual.
Lembro como se fosse hoje, quando minha avó Romana fazia os “cachinhos” no meu cabelo, depois minha mãe me vestia, calçava, olhava minhas unhas da mão, orelhas (conferindo se tudo estava dentro dos conformes). A escola ficava pertinho de minha casa, apelidava-se “Colégio Novo", que todos nós conhecemos como Escola Monsenhor José Augusto da Silva.
Logo na entrada ficava D.Amélia Coelho de um lado e do outro D.Sônia Cruz. Era cansativo eu sei, mas elas olhavam aluno por aluno, num verdadeiro raio X. Depois da aprovação íamos para a sala de aula deixar nosso material didático, esperar a professora em sala, para depois, em fila indiana, seguirmos ao pátio da escola, para entoarmos o Hino Nacional enquanto era hasteada a Bandeira brasileira (Pense aí no patriotismo)!
Na sala de aula o respeito continuava. Enquanto a professora ia escrevendo na “lousa”, o silêncio reinava. Caso precisássemos ir ao banheiro (antes do recreio) ou fazer a ponta do lápis, pedíamos licença. Ninguém era nem doido de sair para o recreio antes da professora, e muito pior era chegar depois que ela entrasse na sala.
Voltar com “catinga de suor azedo”, Deus nos livre da hora, portanto, merendávamos, brincávamos, jogávamos carrapicho uns nos outros e tínhamos que ter “consciência” de esperar alguns minutos para “acalmar” o coração e aliviar o suor.
Uma das coisas que não esqueço jamais é que meu tratamento dentário aconteceu durante esse período. Até hoje tenho as “restaurações” para guardar como recordação, e confesso minha culpa, toda vez que vou ao dentista, lembro-me do som daquele motorzinho, quando eu tinha 08 anos (Jesus, Maria e José)...
O desfile 07 de Setembro era aguardado com muita ansiedade. Nós dávamos graças a Deus quando chegava agosto, para iniciar os ensaios e sair desfilando a beleza pelas ruas circunvizinhas. No dia D, minha avó Romana me acordava às 5 h da madrugada. Minha mãe Lucimar já estava com o café substancioso, para que eu pudesse aguentar a hora da escola desfilar. O sol já alto, o calor de matar, o conga queimando os pés, os cachos reinando nos cabelos e a minha mãe acompanhando com uma garrafa d´água, e nós desfilando, sorrindo, sob aquele sol escaldante. Quando a gente passava em frente à bancada das autoridades, aí era que o sorriso se arregaçava (simpatia no mundo). Na época Ana Maria Veras era a prefeita municipal e do palanque eu só ouvia o “bater de palma”. Na minha cabeça inocente, eu pensava: “estamos arrasando”, e dá-lhe pernas e braços coordenados na batida dos tambores, pratos e bumbo. 
Que belas recordações, de minhas queridas professoras: Tia Antonieta, Tia Natividade, Tia Hermogênia e Tia Fátima do Josa. Bons tempos que não voltam mais e que marcaram tão positivamente a vida de tantos e tantos alunos que passaram pelo inesquecível "Colégio Novo...!"
Beijos mil,
Ayla Sousa 
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Foto: Facebook