MINHAS RECORDAÇÕES
DO "COLÉGIO NOVO"
Decididamente, a educação do
passado podia não alcançar índices de aprovação ou ser a melhor entre vários
contextos, mas, em relação ao respeito, disciplina e patriotismo, isso sem
dúvida alguma era melhor do que a educação atual.
Lembro como se fosse hoje,
quando minha avó Romana fazia os “cachinhos” no meu cabelo, depois minha mãe me
vestia, calçava, olhava minhas unhas da mão, orelhas (conferindo se tudo estava
dentro dos conformes). A escola ficava pertinho de minha casa, apelidava-se
“Colégio Novo", que todos nós conhecemos como Escola Monsenhor José Augusto da
Silva.
Logo na entrada ficava D.Amélia
Coelho de um lado e do outro D.Sônia Cruz. Era cansativo eu sei, mas elas
olhavam aluno por aluno, num verdadeiro raio X. Depois da aprovação íamos para
a sala de aula deixar nosso material didático, esperar a professora em sala,
para depois, em fila indiana, seguirmos ao pátio da escola, para entoarmos o Hino
Nacional enquanto era hasteada a Bandeira brasileira (Pense aí no patriotismo)!
Na sala de aula o respeito
continuava. Enquanto a professora ia escrevendo na “lousa”, o silêncio reinava. Caso precisássemos ir ao banheiro (antes do recreio) ou fazer a ponta do lápis,
pedíamos licença. Ninguém era nem doido de sair para o recreio antes da
professora, e muito pior era chegar depois que ela entrasse na sala.
Voltar com “catinga de suor
azedo”, Deus nos livre da hora, portanto, merendávamos, brincávamos, jogávamos
carrapicho uns nos outros e tínhamos que ter “consciência” de esperar alguns
minutos para “acalmar” o coração e aliviar o suor.
Uma das coisas que não esqueço
jamais é que meu tratamento dentário aconteceu durante esse período. Até hoje
tenho as “restaurações” para guardar como recordação, e confesso minha culpa,
toda vez que vou ao dentista, lembro-me do som daquele motorzinho, quando eu
tinha 08 anos (Jesus, Maria e José)...
O desfile 07 de Setembro era
aguardado com muita ansiedade. Nós dávamos graças a Deus quando chegava
agosto, para iniciar os ensaios e sair desfilando a beleza pelas ruas
circunvizinhas. No dia D, minha avó Romana me acordava às 5 h da madrugada. Minha mãe Lucimar já estava com o café substancioso, para que eu pudesse aguentar
a hora da escola desfilar. O sol já alto, o calor de matar, o conga queimando
os pés, os cachos reinando nos cabelos e a minha mãe acompanhando com uma
garrafa d´água, e nós desfilando, sorrindo, sob aquele sol escaldante. Quando a
gente passava em frente à bancada das autoridades, aí era que o sorriso se
arregaçava (simpatia no mundo). Na época Ana Maria Veras era a prefeita
municipal e do palanque eu só ouvia o “bater de palma”. Na minha cabeça
inocente, eu pensava: “estamos arrasando”, e dá-lhe pernas e braços coordenados
na batida dos tambores, pratos e bumbo.
Que belas recordações, de minhas queridas professoras: Tia Antonieta, Tia Natividade, Tia Hermogênia e Tia Fátima do Josa. Bons tempos que não voltam mais e que marcaram tão positivamente a vida de tantos e tantos alunos que passaram pelo inesquecível "Colégio Novo...!"
Que belas recordações, de minhas queridas professoras: Tia Antonieta, Tia Natividade, Tia Hermogênia e Tia Fátima do Josa. Bons tempos que não voltam mais e que marcaram tão positivamente a vida de tantos e tantos alunos que passaram pelo inesquecível "Colégio Novo...!"
Beijos mil,