A consulta foi remarcada 4 vezes. Na última, a data caiu exatamente no Dia Internacional da Mulher, em 08 de Março de 2014. Primeiro, acompanhe o relato da filha do paciente. Depois eu entro:
Meu nome é Edmaria Bezerra, sou filha de João Bezerra,
um senhor que há mais de 10 anos tem Esquizofrenia (transtorno esquizoafetivo).
Infelizmente o homem que antes provia nossa família, excelente pai, exemplo de
homem, homem trabalhador, passou a viver dos cuidados da família e eu, sou, digamos,
a filha responsável para buscar melhorias para ele.
Na gestão anterior, meu pai era acompanhado por Drª
Rita e quando a mesma foi embora, passou a ser acompanhada pela psicóloga Drª
Denise Santos; nessa época tive alguns contratempos, com remédios, porque nem
todos eram gratuitos.
Os anos passaram e em 2012 Camocim passou por uma
mudança de governo e com essa mudança nem mesmo Drª Denise permaneceu no quadro
do CAPS. Como estava marcado no cartão de atendimento em dezembro 2012 (mês que
meu pai deveria ser consultado), não teve atendimento e foi remarcado para
março de 2013. Em março de 2013, Drº Mardônio fez o atendimento, mudou dois medicamentos
e foi remarcado para maio de 2013. Chegou maio (não deu certo o atendimento),
protelando a data para julho de 2013; em julho nada certo, remarcando a
consulta para outubro de 2013; chega outubro e com ele o reagendamento para o
Dia Internacional da Mulher (08 de Março/2014).
Caro Tadeu Nogueira, minha preocupação na realidade são
os remédios dele, porque em 10 anos (desde que ele começou a ser atendido), dos
05 remédios que meu pai toma; somente 02 foram mudados, ainda este ano. Mas, em
meio à coisas negativas, vem algo bom; todos os remédios estão sendo
gratuitos...!
Espero de coração que algo seja feito para a melhoria
desses atendimentos.
Grata,
Edmaria
Bezerra
Lá vou eu: Eu não vou aqui discutir o mérito, o que realmente faz com que isso aconteça. Tenho pavor das explicações burocráticas. Até porque elas existem para não explicar nada. O que vou expressar através da minha opinião é que isso é um absurdo, um desrespeito, e o atestado de que algo, ou tudo, precisa ser mudado nesse setor específico, ou onde esteja ocorrendo situação semelhante. Esse é apenas um caso, que deve estar retratando muitos outros. Se a demanda está grande, que seja aumentada a oferta. Se está difícil fazer isso, esse problema não deve chegar ao cidadão, principalmente se ele sofre de esquizofrenia, uma doença que abala, além do paciente, todos que vivem em volta dele. Fico aqui escrevendo e me negando a olhar novamente a data de remarcação dessa consulta. Pelo amor de Deus.
E não adianta aparecer alguém para dizer que o paciente em questão, só por conta da publicidade do fato, vai ter sua consulta urgente. Isso pode até ser positivo, mas se todos, além dele, que estão nessa fila ridícula de espera interminável, forem também remarcados para o mais breve possível. Se não tem como isso ser feito através do município, que seja então disponibilizado o atendimento dessas pessoas através do setor privado, pago pelo pelos cofres públicos. Quase todo promotor, se provocado de forma institucional pelo paciente (vítima), exigiria isso da Prefeitura. Estou diante de uma vergonha da saúde pública municipal. O espaço, caso alguém queira, está escancarado para as explicações burocráticas.
Lá vou eu: Eu não vou aqui discutir o mérito, o que realmente faz com que isso aconteça. Tenho pavor das explicações burocráticas. Até porque elas existem para não explicar nada. O que vou expressar através da minha opinião é que isso é um absurdo, um desrespeito, e o atestado de que algo, ou tudo, precisa ser mudado nesse setor específico, ou onde esteja ocorrendo situação semelhante. Esse é apenas um caso, que deve estar retratando muitos outros. Se a demanda está grande, que seja aumentada a oferta. Se está difícil fazer isso, esse problema não deve chegar ao cidadão, principalmente se ele sofre de esquizofrenia, uma doença que abala, além do paciente, todos que vivem em volta dele. Fico aqui escrevendo e me negando a olhar novamente a data de remarcação dessa consulta. Pelo amor de Deus.
E não adianta aparecer alguém para dizer que o paciente em questão, só por conta da publicidade do fato, vai ter sua consulta urgente. Isso pode até ser positivo, mas se todos, além dele, que estão nessa fila ridícula de espera interminável, forem também remarcados para o mais breve possível. Se não tem como isso ser feito através do município, que seja então disponibilizado o atendimento dessas pessoas através do setor privado, pago pelo pelos cofres públicos. Quase todo promotor, se provocado de forma institucional pelo paciente (vítima), exigiria isso da Prefeitura. Estou diante de uma vergonha da saúde pública municipal. O espaço, caso alguém queira, está escancarado para as explicações burocráticas.
Postado por Tadeu Nogueira às 08:04h