
Quantas vezes, não falta um simples
brinquedo ou carinho. Outras tantas, se rouba a infância delas enchendo-as com
mimos tecnológicos e outros produtos da modernidade, ou se nega o básico para
sua sobrevivência, desnaturalizando-as, transformando-as em seres incapazes na
vida adulta. Não era nossa intenção psicologizar esse momento, nossa função aqui
nesse espaço é outra: historicizar. Neste sentido, não há como não lembrar do
nosso Parque Infantil que ficava ao lado da Igreja Matriz, na frente do CEJA
João Ramos, com uma boa variedade de brinquedos e que fazia a festa das
crianças e dos pais que levavam seus filhos no passeio dominical típico de
cidade de interior: ir à missa e passear com seus filhos.
Pelo menos duas vezes
ao ano essa rotina era quebrada com a chegada do Parque de Diversões Ibiapaba
com seus brinquedos coloridos: espalha brasa, os botes, as patinhas, os
cavalinhos, os carrinhos e o créme de la créme do parque: a roda-gigante (não
tão gigante como as de hoje!). Como podemos perceber, para fazer uma criança
feliz não precisamos levá-las à Disneylândia. Desta forma, parabéns para quem
teve a ideia de reviver um pouco do nosso antigo parque infantil com os
brinquedos típicos dessa época naquele pequeno espaço defronte da Estação
Ferroviária, início da Avenida Beira-Mar.Vê-las em profusão com a algazarra
própria delas experimentando os brinquedos, trouxe o passado de volta, o
passado que insiste em ser presente quando queremos reviver a criança que
existe dentro de nós.
Carlos Augusto Pereira dos Santos
Historiador
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