terça-feira, 1 de outubro de 2013

SOBRE CAMOCIM...E SUA DIVERSIDADE CULTURAL


Com as festividades pela passagem dos 134 anos de emancipação política de Camocim, para mim ficou patente um aspecto: a diversidade cultural dos camocinenses no campo das artes. Venho dizendo isso há algum tempo, mas, tive essa tese comprovada por amigos de Sobral que convidei para a solenidade do XXV Salão de Artes. Saíram de lá maravilhados com o que viram. Mal sabiam eles que ali estava apenas uma parcela de homens e mulheres talentosos que exporam seus trabalhos à visitação pública. Quantos outros não estão esperando uma oportunidade ou vencer a inibição inicial? 
Não quero ser bairrista, posto que a arte é universal, mas, onde nesta região poderíamos reunir a genialidade de um Totõe com seus quadros autorais, com as técnicas de um Eglauber com suas velas, de um Eduardo que dá novas cores e formas ao nosso passado histórico, de um Francisco das Chagas com sua precisão figurinista (vencedor com a tela "A Feira") (foto), num mesmo evento? As fotografias, os desenhos e as poesias nos confirmam essa rara sensibilidade que faz do camocinense e de quem aqui chega, donos de um talento especial que precisa também ser melhor explorado e incentivado. Passou o evento, mas, é preciso que estes artistas possam ter condições de mostrar seus trabalhos fora de Camocim. Uma política cultural bem feita pode dar esse suporte. 
Penso que a estes artistas devem ser dadas as condições para que eles possam levar suas habilidades para as escolas no sentido de descobrir novos talentos e renovar essa tradição que alia o nosso capital humano com nossos recursos naturais. Uma conversa que tive com a Secretária da Cultura Ana Maria Veras me deixou esperançoso de que novos caminhos possam ser trilhados na cultura camocinense, principalmente se ela puder usar o que reza o orçamento determinado pela Constituição.
Carlos Augusto Pereira dos Santos
Historiador
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