Mais uma vez a volta do Festival de Música de Camocim foi adiada. Em Junho fomos informados que ele voltaria ainda em 2013. Confesso que nem sei se a palavra certa é "adiada". Como amante da boa música, da revelação de talentos, letras e músicas elaboradas a partir de nomes da terra, lamento que esse mesmo sentimento se mostre quase inexistente em quem governa Camocim.
Digo isso com a liberdade que sempre foi a marca registrada do Camocim Online, deixando claro, mais uma vez, e pelo jeito é sempre preciso fazer isso, que aqui eu critico quem quer que seja, esteja ou não no poder, sempre dentro do que e lei permite, mostrando a cara, assinando embaixo e deixando o espaço para o contraditório. É assim que se deve agir.
Sobre o assunto em pauta, fica aqui meu protesto, minha indignação, e um reconhecimento público:
Parabenizo aqui o Liceu de Camocim, através da iniciativa dos Professores Paulo Clesson e Carlos Manoel, por ter realizado, no mês de Setembro, o I Festival de Música do Liceu, que relembrou canções como "Humanidade", "Veleiros" e muitas outras. E em particular, sobre a canção "Veleiros" de autoria do Radialista, Escritor e Compositor, Inácio Santos, cumprimento a Cantora Jesus Matos, pela belíssima interpretação da música, que voltou em sua voz com um arranjo lindo, cuja apresentação pude constatar durante um evento realizado na Praça de Eventos do Odus, na Semana do Município.
Voltando ao Liceu, o evento serviu ainda para revelar novos talentos. Mesmo tendo sido feito em pequena escala, resumido ao ambiente escolar, a iniciativa teve seu mérito, porque manteve acesa a chama de uma onda cultural que existiu até 13 anos atrás, quando o poder público, do alto de sua falta de sensibilidade cultural, decidiu colocar um ponto final em um evento que até hoje repercute país afora. Para de ter uma ideia do sucesso do festival, ele chegou a ser transmitido ao vivo pela televisão, no início da década de 90, numa época em que transmissões desse tipo, ainda mais a partir de uma cidade tão distante da capital, era quase inviável. A verdade, essa mais do que inexorável, impiedosa, é que o palco dessa história continuará vazio, talvez por mais um ano, quem sabe para sempre.
Postado por Tadeu Nogueira às 09:29h