Começaram nesta semana os testes em macacos da
vacina contra o HIV, que está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo em parceria com o Instituto Butantan. Os quatro
animais começaram a ser imunizados com a vacina que contém partes do vírus.
Depois, os macacos receberão um vírus modificado que causa o resfriado como parte
dos estudos para desenvolver o imunizante. Caso seja bem sucedida, a vacina vai
aumentar a reação dos imunizados ao vírus, diminuindo a capacidade de
transmissão e melhorando a qualidade de vida do paciente. “O que ela vai fazer
é reduzir muito a quantidade de vírus, matar as células que estão infectadas.
Mas ela dificilmente vai erradicar a infecção. Vai bloquear a transmissão para
outra pessoa, porque a quantidade de vírus vai ser muito baixa”. Atento aos
recentes protestos contra o uso de animais em pesquisas, que levaram inclusive
ao fechamento de um instituto no interior paulista, Cunha fez questão de dizer
que os animais são bem tratados. “Os animais neste estudo não sofrem de maneira
nenhuma. Até mesmo para o procedimento de colher sangue ou vacinar, eles estão
anestesiados”, enfatizou.
O pesquisador defendeu ainda o uso de animais em
experimentos. “Não é possível substituir um teste com animais por um teste de
cultura ou teste de laboratório mais simples. O teste em animais vai observar a
repercussão de uma nova vacina, uma nova droga, no organismo inteiro”,
argumentou.
Lá vou eu: Sem querer "alimentar" a discussão, mas sinceramente falando, será que algum defensor de animais seria voluntário, por exemplo, para ficar no lugar do macaco no caso do teste dessa vacina? Portanto, até que se chegue a uma solução sobre isso, é preciso bom senso de todas as partes, até porque, em jogo está a possível cura para grandes males da humanidade. O que eu vejo muito em meio à celeuma criada em torno do uso ou não de animais em testes, é hipocrisia. Maus tratos jamais, mas quanto ao uso ou não dos animais, não vejo a curto prazo, uma alternativa.
Postado por Tadeu Nogueira às 19:02h
Com informações da Agência Brasil