Vez por outra encontro alguém com essa dúvida. Sempre que posso explico como fazem. Hoje resolvi colocar isso no blog.
O princípio é igual ao de qualquer outro tipo de pesquisa: os institutos
de medição registram as preferências de uma quantidade bem pequena de
pessoas. É a chamada amostragem. No Brasil, 87% das casas têm televisão.
Isso dá cerca de 39 milhões de domicílios com telespectadores. Para
saber a que esse pessoal todo assiste, o instituto Ibope, por exemplo,
verifica a audiência em 3 019 casas - ou 0,008% do total. A medição pode
ser feita de três maneiras: 1 - por uma folha que os moradores
preenchem e o instituto recolhe; 2 - por aparelhos eletrônicos que
mandam uma vez por dia a relação de todos os programas assistidos na
casa; 3 - por um controle em tempo real, que indica a cada minuto as
variações de audiência, transmitindo instantaneamente os resultados às
emissoras.
Esse último sistema, a forma mais moderna de medição, existe
apenas na Grande São Paulo (a gente explica no infográfico como funciona
esse processo). O número de domicílios adaptados a essa tecnologia é
ínfimo: ao todo, são apenas 750 casas, ou 0,002% do total brasileiro.
Com tão pouca gente pesquisada, como essa medição pode dar certo, dentro
de uma margem de erro aceitável? A chave é selecionar bem os domicílios
pesquisados, escolhendo a amostra por parâmetros socioeconômicos que
reflitam a composição da sociedade brasileira.
Postado por Tadeu Nogueira às 14:00h
Com informações da Revista Mundo Estranho