As câmeras de segurança do ônibus atacado e
incendiado na última sexta-feira por bandidos em São Luis do Maranhão gravaram
a morte da menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos. Ela entrou no carro com a
mãe, Juliane, de 22, e a irmã, Lorane, de 1 ano, às 20h07. No minuto
seguinte, um bandido conhecido como “Porca Preta” entrou com uma pistola na
mão e rendeu o motorista. As imagens da câmera não mostram, mas, do lado
de fora, seis comparsas – sendo três menores de idade — cercavam o veículo. Um
deles despejou gasolina no interior do carro e ateou fogo. Em pânico, os
passageiros começaram a correr em direção à saída. Quando chegou a vez de
Juliane e suas filhas, as chamas tomaram conta da escada. As três foram
atingidas. A mãe e a filha menor correram para dentro do ônibus. Ana Clara
ficou na escada, no meio do fogo. Uma passageira chegou a pular por cima dela
para conseguir escapar. Quando a menina saiu do ônibus, já estava com o corpo
em chamas. As câmeras mostram Ana Clara perambulando pela rua por alguns segundos,
em choque. Ela morreu dois dias depois, com 95% do corpo queimado na UTI
pediátrica do Hospital Estadual Juvêncio Matos. A mãe, que teve 40% do corpo
queimado, e a irmã continuam internadas em estado grave. A polícia já sabe que
a ordem para os ataques perpetrados em São Luís nos últimos dias, incluindo o
que matou Ana Clara, partiu de um detento do presidio de Pedrinhas, Jorge
Henrique Amorim Martins, o "Dragão" — um dos líderes da facção
criminosa Bonde dos 40, que disputa com o Primeiro Comando do Maranhão o
domínio sobre os presídios e a venda de drogas no Estado.
A ordem inicial de Dragão, dada às 17h da sexta-feira, era para promover quarenta ataques na cidade, não apenas contra ônibus, mas também contra contêineres que abrigavam postos de atendimento da PM. Seria uma represália à entrada da PM em Pedrinhas naquele mesmo dia. Na ação, os PMs quebraram ventiladores, misturaram água sanitária em sacos de arroz que os presos haviam guardado dentro das celas e puseram sabão em pó no café. Os criminosos só não levaram o plano adiante porque a Polícia Civil, que interceptava as conversas dos detentos com autorização judicial, conseguiu passar a informação para a PM, que aumentou o patrulhamento e retirou seus contêineres das ruas. Os principais comparsas de Dragão do lado de fora da penitenciária, entre eles Porca Preta, foram presos ao longo do final de semana. O vídeo (AQUI) tem cenas muito fortes. Não é aconselhável para crianças.
A ordem inicial de Dragão, dada às 17h da sexta-feira, era para promover quarenta ataques na cidade, não apenas contra ônibus, mas também contra contêineres que abrigavam postos de atendimento da PM. Seria uma represália à entrada da PM em Pedrinhas naquele mesmo dia. Na ação, os PMs quebraram ventiladores, misturaram água sanitária em sacos de arroz que os presos haviam guardado dentro das celas e puseram sabão em pó no café. Os criminosos só não levaram o plano adiante porque a Polícia Civil, que interceptava as conversas dos detentos com autorização judicial, conseguiu passar a informação para a PM, que aumentou o patrulhamento e retirou seus contêineres das ruas. Os principais comparsas de Dragão do lado de fora da penitenciária, entre eles Porca Preta, foram presos ao longo do final de semana. O vídeo (AQUI) tem cenas muito fortes. Não é aconselhável para crianças.
Postado por Tadeu Nogueira às 20:21h
Com informações da Veja