Engraçado como esse ditado cria um amplo leque
para discussão; algumas vezes eu acredito que as pessoas que calam, consentem
com a situação; já em exemplos mais amplos, quem cala não consente; apenas
cala, por medo de enfrentar os obstáculos e as dificuldades que o barulho
acarreta!
Uma mulher que é agredida por seu cônjuge, ela
cala porque consente ou cala porque tem medo das consequências? Uma criança que é agredida por seus pais ou
afins, ela cala porque consente ou porque é ameaçada? Um idoso que é maltratado por membros de sua
família, ele cala porque consente ou porque já está no fim de sua vida e não
teria para onde ir?
Uma criança que vira marionete nas mãos de
traficantes, ela cala porque consente ou porque não tem como combater o mal?
Uma mulher que é estuprada, ela cala porque
consente ou porque tem medo das consequências que a denúncia do mesmo acarretaria? Um cidadão que não exige seus direitos, ele cala
porque consente ou porque sua voz não será ouvida por seus representantes?
Eu do lado de cá, fico pensando em teorias
bacanas entre leis e desejos de melhoria de um país, onde quem bota a boca no
trombone é considerado louco ou é hostilizado por ter atitudes diferentes no
meio ao qual está inserido!
O ditado: “Quem cala, consente” já causou alguns
dissabores quando eu era adolescente, a exemplo, quando eu pedia minha mãe para
sair; ela ficava calada, então eu me arrumava e dizia que ia. Minha mãe olhava
pra mim e perguntava para onde eu estava indo e eu na cara de pau: “ora, a
senhora ficou calada”. Agora a resposta dela era bonita: “pois tira tua roupa e
vai dormir, porque ainda sou tua mãe”... Nesse caso, meus queridos, quem cala,
não consente! Em meio a contextos e consentimentos e
silêncios, o melhor mesmo é sermos conscientes em nossas ações, lutarmos por
nossos direitos e seguirmos em frente!!!!
Beijos mil,
Ayla Sousa
Ayla Sousa
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