sexta-feira, 28 de março de 2014

ESSA NEM FREUD EXPLICARIA...OU EXPLICARIA?

O requerimento de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), já alcançou 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado, ou seja, 1/3 dos ocupantes de cada casa. De imediato, após esse procedimento, a CPI tem que ser iniciada. Em Camocim, no mesmo Brasil de Brasília, o Presidente da Câmara de Vereadores, Régis da Ipu (Hilux), arquivou um pedido de CPI para investigar repasses da Prefeitura de Camocim feitos ao Hospital Murilo Aguiar, após submetê-lo ao plenário, mesmo com 1/3 do legislativo sendo composto por vereadores que se dizem opositores. Na votação, óbvio, a bancada de situação votou contra, totalizando 9 votos a 4. Até aí dá para entender, já que a situação claramente iria votar dessa forma, assim como a bancada do governo federal é contra a CPI da Petrobras. Mas lá não teve jeito, já que basta 1/3 para existir uma CPI.  
O que não ficou entendido em Camocim, foi a não abertura da CPI, respeitando apenas as 5 assinaturas, como foi feito em Brasília. Se 5 estavam a favor da CPI, por que não abriram? Depois o Presidente Régis da Ipu (Hilux) se zanga, esperneia, sai cuspindo fogo do alto da sua "presidência", quando o Advogado Marcos Coelho, autor do pedido, repete em alto e bom som, que ele e sua bancada fazem uma oposição de "faz de conta", e que sua aliança com o Deputado Sérgio Aguiar está mais do que clara depois de mais essa recuada. Aliás, cada vez mais pessoas pensam da mesma forma. 
Em resumo: Brasília abre uma CPI com 1/3 das assinaturas na Câmara e Senado. Em Camocim o presidente de uma simples Câmara de Vereadores, submete o pedido de uma CPI, ao plenário, sabendo que seria rejeitado, numa clara tática de transferir a "batata quente" para a situação. Mistério? Talvez nem seja mais. 
Postado por Tadeu Nogueira às 09:19h