segunda-feira, 17 de março de 2014

MINISTRO DESTACA CAMOCIM NO DESEMBARQUE DE ATUM

Uma proposta de empresários cearenses e que já está sendo colocada em pratica deve virar regra do Ministério da Pesca e Aquicultura no combate à pesca ilegal da lagosta. De acordo com o secretário de ordenamento e planejamento da Pesca, Flávio Bezerra, a lagosta terá que chegar viva aos entrepostos de produção. Flávio falou a empresários do setor no evento Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, no seminário Nacional Pescado Brasileiro - Um grande negócio, encerrado em Brasília na última quinta-feira. O debate já vem sendo feito mas, no Ceará, empresas como a Interfrios e a RB já adotaram a prática qualificando, assim, o produto comercializado e evitando que produtos piratas sejam negociados. 
“Foram empresários do Ceará que sugeriram isso e estamos estudando ampliar a ideia. Evitaria que pescadores sem qualificação e sem equipamentos entrassem no setor por exemplo”. Segundo ele contêineres lotados de lagosta são devolvidos rotineiramente pelos Estados Unidos por conta da contaminação do pescado. “O pescador urina na água perto do barco ou joga a cabeça do camarão no casco. Isso apodrece e contamina toda produção”, lembrou. 
De acordo com o Diretor nacional de pesca industrial, Mutsuo Asano Filho, 20% da pesca feita no mundo é ilegal. O Brasil aparece como o 23º colocado no ranking mundial dessa ilegalidade. Um plano de ação está em elaboração para combater com maior eficácia a pirataria. O plano envolve, além do Ministério da Pesca, o Ministério do Meio Ambiente, a Polícia Federal, Marinha, entre outros. “A ideia e fazer uma operação conjunta. Hoje está tudo muito isolado”. No evento, o ministro Marcelo Crivella afirmou que a produção de pescado no País está aquém do potencial. E citou Camocim, no litoral cearense, como exemplo. Um exemplo está no próprio Ceará. Crivella afirmou que a cidade de Camocim vem se firmando como ponto de desembarque de atuns pescados no Nordeste. “Os problemas que haviam ali foram resolvidos e já estamos em ampla produção. O Brasil produz, hoje, cerca de 30 mil toneladas de atum, a maioria no Nordeste. Podemos muito mais”.
Postado por Tadeu Nogueira às 06:00
Com informações do Jornal O Povo