Em tempos de mais uma polêmica envolvendo racismo no esporte, e a eterna cantilena dos preconceituosos, que insistem em associar negros aos macacos, encontrei um artigo muito interessante sobre o tema, que serve para dissipar o conteúdo sempre imbecil que habita os cérebros dos intransigentes, alienados, enfim, dos que se recusam a viver em harmonia com o próximo. Segue o artigo, reproduzido do Blog da Revista Super Interessante:
A cor da pele não é assunto entre os chimpanzés.
Se você depilar um, uma pele branca vai aparecer por baixo da manta de pêlos.
Passa a gilette em outro e surge uma pele preta. Manda mais outro para a cera
quente, e quem sai do centro de depilação é um chimpanzé rosa. Na verdade, eles
mudam de cor ao longo da vida: nascem mais claros e vão escurecendo. Mas não
importa. A cor da pele é tão relevante para eles quanto a do pâncreas é para a
gente. Não que eles não sejam racistas. No mundo chimpanzé, o pêlo pode ser de
qualquer cor, contanto que seja preto. Quando nasce algum macaquinho albino,
com pêlo branco, não tem jeito. Os outros chimpanzés não aceitam. Ele vai
apanhar, ficar isolado. E morrer logo – ou linchado ou de fome. Nosso ancestral comum com os chimpanzés, um
símio que viveu há seis milhões de anos, provavelmente obedecia a mesma regra.
A cor da pele não tinha importância, só a dos pêlos. Mas uma hora essa história
mudou. Há coisa de dois milhões de anos alguns dos
descendentes desse ancestral comum começaram a perder pelos. A cada mil partos
nascia um macaco pelado. Um mutante. Algumas dessas aberrações genéticas tinham
o mesmo destino dos albinos: bullying e morte prematura. Outros não. Talvez a
falta de pêlos tenha ajudado eles a lidar melhor com o calor africano, e eles
conseguiam ir mais longe para arranjar comida. Desse jeito, viviam mais e
melhor. Então se reproduziam mais. Continue lendo AQUI.
Postado por Tadeu Nogueira às 21:00h