A viagem de férias da família
Rodrigues ao Ceará terminou de uma forma inesperada. Turistas, naturais de São
Paulo, pai, mãe e as duas filhas participavam de um passeio de buggy quando se
envolveram em um acidente, na descida de uma duna, em Jericoacoara, a 314 km da
Capital, no último sábado. O episódio deixou as vítimas com fraturas e
escoriações pelo corpo. Foi apenas o início de uma saga em busca de atendimento
médico. Após uma peregrinação por três municípios, com o uso de um helicóptero
locado, a família constatou a falta de estrutura adequada para resgate de
vítimas de acidentes em Jericoacoara.
Na volta do passeio até a
localidade de Tatajuba, o motorista do buggy tentou fazer uma manobra num
paredão de areia. Na curva, o carro bateu em um barranco, saltou e “embicou”,
arremessando os passageiros para frente. Eles não caíram do veículo, que também
não tombou. Porém, todos ficaram feridos. Segundo as vítimas, o bugueiro
não soube o que fazer para prestar socorro. “Percebemos que ele era totalmente
despreparado. Mesmo com dor, meu pai foi quem lembrou de ligar para uma empresa
que faz voos de helicóptero na cidade e pediu ajuda”, contou Tássia Rodrigues,
uma das vítimas. O piloto, que atendeu ao chamado, ainda passou pelo hospital
de Jijoca, onde solicitou a presença de um médico e uma maca para transportar
as vítimas. Contudo, o pedido foi negado.
O helicóptero seguiu, então, para o hospital de Jijoca, mas, por conta da falta de estrutura, o comandante da aeronave se deslocou até Camocim. Na cidade, uma ambulância foi chamada para remover as vítimas da aeronave. Porém, no veículo, que era pequeno, estava somente o motorista. Cinco minutos depois, uma segunda ambulância chegou ao local. Novamente, havia apenas o motorista no carro. Ele ainda teria informado que não havia médico no hospital. Diante da situação, a família decidiu pedir ao piloto para seguir até Sobral, onde foram recebidos no hospital regional. A unidade, contudo, não dispõe de atendimento especializado em traumas, razão pela qual a vítima Creuza Nascimento teve de ser levada para a Santa Casa. No hospital filantrópico, ela foi informada que também não seria operada de imediato porque não havia “fratura exposta”. O procedimento teria que ser feito na segunda-feira seguinte. A família apelou novamente para o piloto do helicóptero, que os transportou até Fortaleza. Todos foram atendidos no hospital Uniclinic e se hospedaram em um hotel, onde aguardam autorização médica para voltarem a São Paulo. Leia mais AQUI.
O helicóptero seguiu, então, para o hospital de Jijoca, mas, por conta da falta de estrutura, o comandante da aeronave se deslocou até Camocim. Na cidade, uma ambulância foi chamada para remover as vítimas da aeronave. Porém, no veículo, que era pequeno, estava somente o motorista. Cinco minutos depois, uma segunda ambulância chegou ao local. Novamente, havia apenas o motorista no carro. Ele ainda teria informado que não havia médico no hospital. Diante da situação, a família decidiu pedir ao piloto para seguir até Sobral, onde foram recebidos no hospital regional. A unidade, contudo, não dispõe de atendimento especializado em traumas, razão pela qual a vítima Creuza Nascimento teve de ser levada para a Santa Casa. No hospital filantrópico, ela foi informada que também não seria operada de imediato porque não havia “fratura exposta”. O procedimento teria que ser feito na segunda-feira seguinte. A família apelou novamente para o piloto do helicóptero, que os transportou até Fortaleza. Todos foram atendidos no hospital Uniclinic e se hospedaram em um hotel, onde aguardam autorização médica para voltarem a São Paulo. Leia mais AQUI.
Lá vou eu: O que houve com essa família, ocorre diariamente com muitas famílias de Jijoca, Camocim e Sobral, que entrou nessa lista dos despreparados para atender determinadas ocorrências. Isso mostra o tanto que a coisa tem que mudar em nossa região. Mais uma pra coleção de "vergonhas alheias".
Postado por Tadeu Nogueira às 11:09h
Com informações do Jornal O Povo