sexta-feira, 18 de julho de 2014

A VIDA QUE EU RECOMENDO

NA ONDA DO DOWNWIND...
A temporada 2014 dos bons ventos chegou e com ela toda a empolgação dos velejadores que deslizam pelas águas do litoral cearense. É o período perfeito para juntar os amigos, preparar os equipamentos de kite e windsurf e programar grandes aventuras numa modalidade de velejo que já virou febre, o downwind. O termo downwind significa “ao sabor do vento” e consiste em uma modalidade do Kitesurf e/ou Windsurf em que os atletas realizam travessias marítimas de média e longa distância percorrendo diversas condições do oceano e contornando vários obstáculos como foz de rios, pedras e portos. 
Mais que uma modalidade esportiva, o downwind se configura como um típico programa de velejadores que conciliam o útil e o agradável, aproveitando a sua prática esportiva para se aventurarem em verdadeiros passeios por praias já bastante conhecidas pelos turistas. Muitos praticantes até consideram a modalidade como uma nova forma de explorar o litoral de estados como Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, já que estes são estados detentores de belas praias e de ventos constantes durante boa parte do ano. Com isso, kitesurfistas e windsurfistas  têm além de ventos favoráveis para seus bordos e "descidas", a possibilidade de deslumbrarem-se com belas paisagens vistas de um ponto mais que privilegiado, o mar. 
Inicialmente os downwinds são realizados por curtas distâncias. Em cidades como Camocim, onde encontramos praias bem próximas, é possível iniciar a prática de maneira mais segura. Pra quem é iniciante na modalidade fica fácil estender um pouco o velejo, e sair, por exemplo, da Ilha do Amor até a Praia do Olho D'água, acompanhado por instrutores, e assim ganhar mais confiança para trajetos mais longos nos próximos passeios. Com o tempo o praticante passa a fazer percursos de uma cidade para outra e, com o ganho de mais experiência, os trajetos passam a ser até mesmo entre estados. Para uma maior segurança, sempre é bom ter uma equipe de apoio em carros 4x4 dando suporte por terra para quem participa de um downwind, e claro, ter uma programação de paradas durante os trajetos mais longos. 
Foi assim que surgiram os mega-downwinds, aventuras radicais onde vários praticantes se juntam para passarem dias velejando por vários quilômetros da costa litorânea, sempre de leste para oeste. Em uma dessas aventuras por exemplo, o Kite Trip Kalangão, os atletas partem da Praia do Cumbuco no Ceará até a Barra Grande no Piauí, num percurso de quase 400 km realizado por 5 dias. Durante o trajeto os atletas aproveitam os horários de pico do vento para "descidas" alucinantes, principalmente no período da tarde, e descansam a noite nas cidades por onde passam, como Icaraí de Amontada, Jericoacoara e Camocim. Dentre várias outras trips como essa, o Kalangão já entrou para o calendário anual dos esportes radicais no Nordeste e vem somando um maior número de adeptos a cada temporada.
Pra quem ainda não está preparado para percursos tão longos, opções não faltam. Trajetos como da Praia do Maceió (Camocim) até a Praia de Bitupitá (Barroquinha) são realizados em poucas horas, mas com uma dose suficiente de adrenalina e com um cenário paradisíaco pelo caminho, como o da Barra dos Remédios, considerada a 5ª praia deserta mais bela do país. Um outro downwind mais ousado e que é realizado com muita frequência é o trajeto saindo de Jericoacoara até Camocim, que este ano terá um evento especifico de abertura da temporada 2014. Será o Downwind Jeri-Tatajuba-Ilha do Amor que terá a participação de velejadores de toda a região que entrarão na "onda" do downwind no próximo dia 26, ainda no mês de julho, o mês das boas vindas ao vento. 
Recomendado por Gerfeson Vasconcelos
Curta AQUI a Fan Page do grupo / Foto: Luiz Octavio