Por que não há um padrão nacional para a tensão
(ou voltagem) que chega às tomadas das nossas casas? Quando o Brasil começou a
montar sua rede elétrica, no início do século 20, diferentes companhias se
estabeleceram em cada região do país. "A escolha do sistema de 110 volts
ou de 220 volts dependeu do país de origem das primeiras empresas e de uma
análise de custos: a quantidade de consumidores por metro quadrado, o dinheiro
para a instalação e para os materiais necessários, como transformadores e cabos",
afirma Ronaldo Roncolatto, gerente de engenharia da empresa CPFL.
Nesses
primórdios da eletrificação, as canadenses Rio de Janeiro Tramway, Light &
Power e São Paulo Light & Power instalaram redes de 110 volts para consumo
residencial nas duas principais cidades da Região Sudeste. Já as primeiras
concessionárias que distribuíram energia na Região Nordeste optaram pelo 220. "Existem
vantagens e desvantagens em cada tipo de sistema. Não se pode dizer que um é
mais vantajoso que o outro sempre", diz Ronaldo. Por isso, não dá para
dizer que exista uma tendência clara a respeito de qual será a tensão dominante
no futuro. Algumas curiosidades sobre as duas tensões:
O choque de
220 volts é duas vezes mais forte que um de 110 volts. Isso porque, no caso do
corpo humano, quanto maior a tensão na tomada, maior a corrente elétrica que
causa o choque. É o contrário do que rola com os aparelhos elétricos. Qual é a
tensão com manutenção mais barata? É a 220 volts - pelo menos para os
concessionários. Esse sistema usa menos transformadores e cabos mais baratos no
caminho da distribuidora até o consumidor final. Qual é a tensão mais segura?
A 110 volts. Na hora que um dedo vai parar
acidentalmente na tomada, o choque de 220 volts é duas vezes mais forte que um
de 110 volts. Isso porque, no caso do corpo humano, quanto maior a tensão na
tomada, maior a corrente elétrica que causa o choque. É o contrário do que rola
com os aparelhos elétricos.
Postado por Tadeu Nogueira às 18:10h
Com informações da Mundo Estranho