Ou estamos revivendo o período romano, onde as
bizarrices aconteciam com a maior naturalidade ou sinceramente, eu estou vivendo
dentro de uma ostra...
A maneira exótica que a maioria das pessoas
vive, para mim não passa de falta de vergonha na cara... Não sei onde está o X
da questão e nem quero me ater ao fato, mas, onde está o pudor de uma garota de
18 anos, que troca “favores”, por um coquetel à base de gim, vodka, licores e
suco de frutas; se permitindo ser filmada, numa verdadeira orgia? Onde foram
parar os nossos valores?
Assistindo o programa Conexão Repórter, eu
confesso que fiquei chocada com crianças, que “escolheram” a prostituição, como
forma de ganhar a vida! Os pais? Bom, esses sem a mínima estrutura, apenas recebem
o dinheiro, alegando não saber de onde o mesmo vem! Em entrevista, as crianças
confessaram que começaram a se prostituir porque viram amigas se vestindo bem,
usando bons sapatos e desejaram ter o mesmo para elas. Estamos criando através
da mídia, sonhos ou pesadelos? Então para que uma criança tenha roupas boas,
calçados bons (se não tiver posses financeiras), ela se prostitui para realizar
seu sonho de consumo?
Que país é esse, que permite esse tipo de
negociata barata e ninguém faz absolutamente nada para mudar o rumo dessa
história? É normal tudo isso ou eu simplesmente parei no tempo? Eu sei que estou sendo repetitiva, mas não é
excessivo olharmos os problemas de frente e tentarmos arranjar solução para os
mesmos. Hoje, crianças são prostitutas, amanhã serão usuárias de drogas, porque
de tão “usado” o seu corpo, ninguém mais o quererá. Hoje crianças de 12 anos,
consideram-se felizes em serem mães. No
entanto, o que uma criança pode oferecer a outra criança? O que uma criança que
não recebeu ensinamentos para a vida, pode ensinar o que é vida para outra?
Em meio aos meus questionamentos, pairam as
dúvidas: o nosso destino vem traçado ou podemos mudar o rumo dele? Sinceramente
não sei, mas acredito que vender o corpo, por cobiça às coisas alheias, não
seja algo bom para ninguém...! Afinal de contas, sou eu que vivo em um
ostracismo ou a falta de pudor tomou conta do mundo?
Beijos mil,
Ayla Sousa
Ayla Sousa
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