terça-feira, 8 de julho de 2014

SOBRE CAMOCIM... E OS CAMPINHOS DE FUTEBOL

Leitores da coluna sugeriram que continuemos a falar de futebol, afinal de contas, a época é propícia para isso. Dessa vez a minha memória e a deles puxaram pelos antigos campinhos de futebol feitos em lugares inusitados, desde os terrenos baldios, públicos e particulares. Deste modo, quem bateu uma "pelada" se lembrará do antigo Campo da Prefeitura, que de tão grande (ia da Caixa Água à Capitania) foi diminuindo até ficar o Campinho da Prefeitura, onde os torneios se davam. Joguei alguns torneios de Primeiro de Maio nele. Outro campo onde se jogava o chamado "esporte bretão" era o do SESI, com seu cheiro característico de caju já que era rodeado deles e na época da safra o seu Zé Cavalinho enchia baldes e baldes do fruto e fazia suco e picolés para vender aos atletas no próprio SESI. 
No mês de setembro, na época do Torneio da Independência ainda se podia saborear essas guloseimas. No terreno da Estação Ferroviária vários campos foram formados e dominados por grupos próximos a eles. desta forma, tinha um que ficava entre umas caixas d'águas onde o pessoal que morava na Vila Pinto e adjacências fazia uso dele. Já a minha turma da rua 24 de Maio tinha um campinho próximo a uma grande cacimba. Já o pessoal da mesma rua entre a Duque de Caxias e Perimetral ocupava um campo denominado de Secos e Molhados (uma alusão ao solo que tinha uma parte úmida e outra totalmente seca). 
A galera dos Coqueiros jogavam no Lamoso, outro campo bem próximo da antiga linha férrea. Posteriormente abriram outro campo grande próximo ao Secos e Molhados, mas foi de pouca duração. Hoje existe um campo de futebol ao lado das antigas Oficinas. Agora, onde reinei como artilheiro foi o campinho (bem pequenininho mesmo) da casa do seu Batista ali na General Tibúrcio, defronte da Empresa de Algodão, onde só os filhos dele dava para formar dois times (quatro de cada lado). Imaginemos quantos e quantos campinhos poderiam ser citados aqui. A grande maioria deles foi engolida pela especulação imobiliária ou pela evolução urbana natural de cada cidade. E você, caro leitor, de qual campo se lembra?
Carlos Augusto Pereira dos Santos
Historiador
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