Mais de 1.300 pessoas já foram infectadas e 729
morreram na África Ocidental em decorrência da pior epidemia de ebola da
história. Órgãos de saúde do mundo todo estão atentos ao risco do surto se
disseminar para outros países e cruzar continentes.
Na quinta-feira (31), o governo brasileiro
reforçou recomendações às equipes de saúde encarregadas de atender passageiros
que apresentaram durante a viagem ao Brasil problemas como febre, diarreias ou
hemorragias. A medida, na avaliação do Ministério da Saúde, é suficiente para
identificar de forma rápida casos de uma eventual contaminação por ebola em
viajantes. Normas mais drásticas, como a suspensão de voos, não estão sendo
analisadas.
A possibilidade da chegada do ebola ao
Brasil é considerada baixa pelo Ministério da Saúde. O infectologista
Esper Kallás, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, faz o mesmo diagnóstico.
Um dos motivos, segundo o médico, é que a gravidade dos sintomas dificulta
a locomoção de doentes e o contato com muitas pessoas. "Os sinais da
doença são perceptíveis e o paciente fica extremamente debilitado",
diz Kallás. A enfermidade começa a se manifestar com febre, fraqueza e dores musculares,
de cabeça e de garganta. Em seguida, vêm vômitos, diarreias, feridas na pele,
problemas hepáticos e hemorragia interna e externa. A transmissão ocorre
pelo contato de sangue, secreções e fluidos corporais de doentes, não pelo ar.
Por esse motivo, quem corre mais risco de contaminação são familiares de
doentes e profissionais de saúde. "Num avião, por exemplo, a probabilidade
de uma pessoa infectada transmitir a doença aos indivíduos ao redor é baixa,
mesmo no período de incubação, que vai de duas a três semanas", diz
Kallás. Esse é um dos motivos pelos quais o ebola nunca saiu da África em quase
quarenta anos de existência.
Lá vou eu: Reforço o que falei em matéria
anterior: Todo cuidado ainda é pouco.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:30h
Com informações da Veja