Recebemos e repassamos aos leitores da coluna as
informações sobre um "achado" do nosso leitor Emanoel Reis. Trata-se
das ruínas do que fora um antigo engenho de cana-de-açúcar localizado no
povoado de Lusitânia, zona oeste de nosso município. Segundo o leitor que nos
enviou várias fotos do local e uma descrição, o engenho funcionava
numa "área de um grande latifúndio pertencente à família dos
''Gouveia''. Logo associei uma coisa à outra. Depois conversei sobre o engenho com um ex-morador da região, que tem 85 anos, perguntei se ele sabia
aproximadamente quantos anos tinha aquela construção, ele respondeu que sua
família chegou naquela região em 1919 e seus pais relatavam que em 1919 já
estava desativado [...]. Conversei com outros moradores antigos, mas nenhum pode
dar uma resposta conclusiva sobre a idade daquela construção, pois ela é mais
antiga, que os pais dos moradores mais antigos. Acredito eu que a idade
cronológica daquele engenho coincida com o fim do Brasil colonial, imperial e a
escravidão, mas até agora não tenho uma fonte contundente para afirmar que
existiram escravos. Outra coisa que descobri, é que aquele lugar era
habitado por indígenas (Tapuios), e tinha o nome de "Tarraco'', mas com a
colonização dos Gouveia, por meio da extração da madeira, monocultura e
posteriormente da criação extensiva do gado, excluindo os indígenas do seu
projeto de povoamento, o lugar passou a se chamar ''Lusitânia'', nome de origem
portuguesa".
Como se pode concluir, outras histórias poderão complementar a descoberta do nosso leitor. O fato de um engenho encravado no interior do município já revela uma proibição colonial, ou seja, plantar cana-de-açúcar próxima do litoral, além de confirmar a existência de terras férteis para a cultura da cana (massapê) em nosso município a ponto de justificar o funcionamento do engenho. Por outro lado, a atitude do nosso leitor colabora com nossa árdua tarefa de mostrar as coisas históricas da nossa cidade ou da zona rural. E você, que história tem para contar "Sobre Camocim"?
Como se pode concluir, outras histórias poderão complementar a descoberta do nosso leitor. O fato de um engenho encravado no interior do município já revela uma proibição colonial, ou seja, plantar cana-de-açúcar próxima do litoral, além de confirmar a existência de terras férteis para a cultura da cana (massapê) em nosso município a ponto de justificar o funcionamento do engenho. Por outro lado, a atitude do nosso leitor colabora com nossa árdua tarefa de mostrar as coisas históricas da nossa cidade ou da zona rural. E você, que história tem para contar "Sobre Camocim"?
Carlos Augusto Pereira dos Santos