Minha convivência com o professor Ivan Pereira de Carvalho foi curta, apenas o tempo em que cursei a antiga oitava série no Colégio Estadual Padre Anchieta (CEPA), no distante ano de 1978 do século passado, quando o mesmo ainda era diretor. No entanto foi um ano marcante. O tempo passou e eis que em 1990, o então escritor Carlos Cardeal realizou uma festa em homenagem ao velho mestre que completava naquele ano 81 anos de idade, nos salões do então Hotel Municipal de Camocim.
Convidado para participar do grupo organizador da festa, Cardeal me incumbiu com aquele seu jeito que ninguém podia dizer não, de elaborar um escrito alusivo à data e ao homenageado. Eu era o mais novo dentre aquelas pessoas que reverenciavam o mestre que dedicou sua vida ao sacerdócio e depois ao magistério. Senti a responsabilidade de dirigir-me aquele homem cuja tradição se contava por suas histórias de cobrança da rigidez gramatical.
Sorrateiramente escorreguei para o reino da poesia. Ele decerto me perdoaria caso cometesse uma licença poética meio garatujada, mesmo ofensiva às boas normas. Pensei mais um pouco e, dentro da liberdade do verso livre tive a feliz ou infeliz ideia de, já que o foco seria o professor Ivan, organizar um número de palavras cujas iniciais principiassem pela letra “I”. O poema resultou num pedaço de cartolina à moda de um cartão, em letra caprichada, diria desenhada, por uma pessoa que não mais lembro o nome. Coincidências da vida, naquela festa o Prof. Ivan Pereira de Carvalho completava 81 anos de idade. Nesta segunda-feira (03), conta-se 81 anos de ordenação sacerdotal de Padre Ivan. Como homenagem transcrevo AQUI o cometimento poético acima aludido.
Carlos Augusto Pereira dos Santos
