Ao longo de minha pequena caminhada de vida,
tenho percebido que é mais fácil falar da vida alheia pelas esquinas da vida,
ao invés de falar aos envolvidos; mas ao mesmo tempo, pode ser que os
envolvidos não gostem de ouvir o que falam deles. Dia desses aconteceu algo
comigo: em meio a um clima de brincadeira, eu falei para uma pessoa o termo
pelo qual ela estava conhecida na cidade; obviamente, a pessoa não gostou nada
e disse que eu não falasse o que não sabia, porque eu podia não gostar das consequências.
Claro que retruquei sobre a cidade inteira falar sobre o assunto, então que ela
buscasse fazer os outros arcar também com as consequências.
Vem agora minhas indagações pessoais: por que as
pessoas se doem quando a verdade é dita ao vivo e a cores? Então é preferível
que se mantenha o disse que disse, sem dá nomes? Quem consegue falar a verdade,
se libertando dos grilhões da autocensura e do pensamento limítrofe tem que
calar a voz e sofrer consequências?
A verdade é que vivemos inseridos dentro de uma
sociedade hipócrita, onde quem diz a verdade, é tachada de louca... Ok! Se for
assim, sou completamente e inconsequentemente louca, mas, a minha loucura traz
verdades que os ditos sãos, calam! Os sãos vivem no mundo de tudo bem, talvez
para manter sua pose entre os cargos invisíveis e as grandes benesses,
adquiridas com seu silêncio e aquiescência.
Se eu tenho inveja? Você tem inveja de quem
respira ostentação e vive de aparência? Você sente inveja de quem joga a sujeira
para debaixo do tapete? Você sente
inveja de quem, para sobreviver, necessita calar, emudecer e ensurdecer? Tem? Ah tá, porque eu não tenho! Sabe por quê? Porque não sou hipócrita! O que conquistei
em minha vida foi à custa de trabalho, suor e lágrimas!
Como é que dizem pela cidade? “Se fosse com a
Ayla isso não ficaria assim”. Sim e eu sirvo de exemplo para que mesmo? Para
afirmar que consigo o que eu quero ou sirvo como exemplo para que me chame de
“barraqueira”? Eu tenho um sério defeito: se eu tenho certeza dos meus direitos
eu brigo até o fim; se não estou satisfeita com alguma situação eu falo e
pronto; se há arestas nas amizades, eu as aparo (mesmo de maneira rude)! Podem
me acusar de muita coisa, menos de hipócrita e falsa! Podem me chamar de louca,
mas sou uma louca que diz verdades, que pauta a vida com honra, integridade e
dignidade! Sou louca, mas sou educada. Sou ainda do tipo antigo, que deseja bom
dia, boa tarde e boa noite! Sou louca, mas sei pedir licença e dizer obrigada!
E quem não é louca, tem atitudes dignas? O que é mais íntegro: O meu eu
insensato ou o hipócrita bonzinho?
Beijos mil,
Ayla Sousa
Ayla Sousa
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