A maioria dos servidores da Agência do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) em Camocim paralisaram as atividades nesta
quarta-feira (08). Os funcionários reivindicam reajuste salarial de 27,5 % de
imediato, com aumento gradual durante os próximos quatro anos. Além do
reajuste, os servidores querem melhorias nas condições de trabalho e no atendimento
à população.
A paralisação, por tempo indeterminado, ocorre no
Ceará e em outros 14 estados da federação. No caso de Camocim, além das
reivindicações decididas em assembleia realizada pelo Sindicato do
Trabalho Previdência Social no Estado do Ceará (Sinprece), outras já caducas e
históricas estão em pauta.
Tudo começa pelo ambiente insalubre que abriga os
servidores do órgão. Logo após a reforma do prédio próprio da agência, iniciada
em março de 2012, cuja situação atual é de abandono, o INSS passou a atender em
um "puxadinho", localizado em um galpão da Estação Ferroviária, onde
antes partiam e chegavam os trens. O local não tem ar-condicionado, é cheio de
poeira, sem privacidade, ficando praticamente ao ar livre. Com apenas 18
funcionários, atualmente tendo 2 de licença e 1 de férias, para atender 7
municípios da região, o órgão passou a atender nos últimos 4 meses, moradores
de Parnaíba e Luís Correia, do vizinho estado do Piauí,. É que de acordo com
informações obtidas pelo blog, as agências desses dois municípios estão sem
serviço de perícia médica.
Com isso, além da enorme demanda da região, para
um número insuficiente de servidores, o quadro se agravou com o aumento de
pessoas a serem atendidas, dessa vez de outro estado. Ainda sobre a greve iniciada
hoje, o comando do movimento em Camocim esclarece que os serviços essenciais
estão sendo oferecidos por alguns funcionários que não aderiram á paralisação,
portanto, o INSS em Camocim está funcionando, não com todos os serviços, mas
funcionando.
Postado por Tadeu Nogueira às 09:00h
