O consumo diário de castanha-do-pará pode ajudar
idosos que apresentam problemas cognitivos. A pesquisa que chegou a essa
conclusão foi realizada por Bárbara Rita Cardoso, da Universidade de São Paulo
(USP). A pesquisadora de 31 anos começou a se interessar pela relação da
castanha com a doença de Alzheimer em 2007, quando começou o
mestrado. Ela se atentou especialmente ao selênio, micronutriente essencial
para a manutenção das funções cerebrais.
Foram selecionados vinte voluntários acima de 60
anos e que apresentavam deficiência de selênio. “Decidi fornecer a
castanha-do-pará, maior fonte alimentar de selênio, para pacientes que, embora
ainda não tivessem Alzheimer, tinham maior risco de desenvolver a doença por já
apresentarem problemas cognitivos”, disse Bárbara à revista Galileu.
Os participantes foram divididos em dois grupos,
um que não consumiu e outro que consumiu uma castanha-do-pará por dia durante
seis meses. “O grupo de pacientes que consumiu a castanha teve o melhor
desempenho nos testes cognitivos quando comparados com os pacientes que
não consumiram”, conta a pesquisadora. “Isso mostra que reverter a
deficiência de selênio com um alimento é uma estratégia simples para reduzir o
risco para a doença de Alzheimer.”
Atualmente, Bárbara faz pós-doutorado no Instituto
de Neurociência da Austrália, onde prossegue estudando de forma mais
aprofundada a relação entre o selênio e a doença de Alzheimer.
A pesquisa desenvolvida sobre a castanha-do-pará fez com que ela ficasse em primeiro lugar na categoria Mestre e Doutor da 28ª edição do Prêmio Jovem Cientista, realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho.
A pesquisa desenvolvida sobre a castanha-do-pará fez com que ela ficasse em primeiro lugar na categoria Mestre e Doutor da 28ª edição do Prêmio Jovem Cientista, realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho.
Postado por Tadeu Nogueira às 13:05h
Com informações da Revista Galileu