
ACOLHER: UMA HISTÓRIA SOBRE GENEROSIDADE
Acolher: ato de oferecer ou obter refúgio,
proteção. Amparar, abrigar, dar ou receber hospitalidade. Para Eliene
Filgueiras, 47, acolher vai além de todas as traduções: é ser humano, solidário
e, acima de tudo, doar amor e cuidado a quem necessita. E foi assim, com
vontade de ajudar, que Eliene acolheu Silvana Maria, 42, em sua casa.
Em setembro deste ano, os destinos das duas se cruzaram em ação da pastoral Bom Samaritano, na Área Pastoral Santo Antônio, no bairro Pici. Por meio de uma conversa entre amigos, Eliene soube da história de Silvana, então moradora de rua, e decidiu ajudá-la.
Em setembro deste ano, os destinos das duas se cruzaram em ação da pastoral Bom Samaritano, na Área Pastoral Santo Antônio, no bairro Pici. Por meio de uma conversa entre amigos, Eliene soube da história de Silvana, então moradora de rua, e decidiu ajudá-la.
Lutando contra a dependência das drogas, desde
2014, portadora do vírus HIV, Silvana veio de Camocim para Fortaleza em busca
de uma vida melhor. Mãe de três filhos, ela não pôde criar nenhum. Abandonou as
crianças quando a filha mais velha, hoje com 20 anos, ainda era pequena.
Sem ter onde ficar e presa aos vícios, Silvana
viveu nas ruas até fiéis da igreja Santo Antônio a abrigarem. Como a situação
complicava-se, era muito difícil que alguém se dispusesse a cuidar dela.
Foi quando Eliene abriu as portas da sua casa para
Silvana, a quem não conhecia. “Me emocionei com a história dela, meu coração
pediu que a ajudasse”. Desempregada, a costureira contou com ajuda da pastoral
e de amigos “Consegui tirar a documentação dela. Agora, vou dar entrada nos
benefícios” , comenta.
Silvana passou pouco mais de uma semana na casa de
Eliene, quando, com suspeita de tuberculose e pesando 30 quilos, foi levada ao
Hospital São José, especializado em doenças infecciosas, para ficar sob
observação de equipe médica. Nem por isso, Eliene deixou de acompanhá-la até
seu último dia de vida: a madrugada do último dia 16 de Outubro.
Ainda na infância, Eliene foi deixada pela mãe na
casa de parentes, em Mossoró (RN), sua cidade natal. A decisão foi tomada
quando o pai da costureira abandonou a família.
Em vez de ser acolhida como filha pelos familiares, como pensou a mãe ao deixá-la, Eliene foi submetida aos trabalhos domésticos precocemente, aos oito anos. Ela diz ter escrito cartas à mãe, explicando o que se passava. “Com mãos trêmulas, escrevia sobre todo aquele sofrimento”. Com promessas de serem entregues pelos familiares, as cartas nunca chegaram ao destinatário.
Hoje, mãe de três filhos com 8, 17 e 23 anos, Eliene está desempregada. Problemas na coluna a fizeram deixar a máquina de costura. O sustento da família, majoritariamente, vem do trabalho da filha mais velha em uma seguradora. Enquanto não consegue emprego formal, Eliene borda o amor e remenda história de outras pessoas. Mesmo em situação difícil, ela não deixa de ajudar a quem precisa, como fez com Silvana. Confira a reportagem no Jornal O Povo AQUI.
Em vez de ser acolhida como filha pelos familiares, como pensou a mãe ao deixá-la, Eliene foi submetida aos trabalhos domésticos precocemente, aos oito anos. Ela diz ter escrito cartas à mãe, explicando o que se passava. “Com mãos trêmulas, escrevia sobre todo aquele sofrimento”. Com promessas de serem entregues pelos familiares, as cartas nunca chegaram ao destinatário.
Hoje, mãe de três filhos com 8, 17 e 23 anos, Eliene está desempregada. Problemas na coluna a fizeram deixar a máquina de costura. O sustento da família, majoritariamente, vem do trabalho da filha mais velha em uma seguradora. Enquanto não consegue emprego formal, Eliene borda o amor e remenda história de outras pessoas. Mesmo em situação difícil, ela não deixa de ajudar a quem precisa, como fez com Silvana. Confira a reportagem no Jornal O Povo AQUI.
Postado por Tadeu Nogueira às 07:14h
Com reportagem de Caio Faheina