Advogados, médicos, escrivães e até funcionários do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estariam envolvidos no esquema de
fraudes do Seguro DPVAT no Ceará. Isso é o que indicam investigações feitas
pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do DPVAT da Assembleia
Legislativa.
O rombo nos cofres públicos de todo o País, estimado em R$ 1
bilhão, pode ter contado com a participação de funcionários públicos e agentes
políticos no Estado. O relator da CPI, o deputado Fernando Hugo (SD), afirmou
que já tem em mãos um conjunto de nomes de profissionais que supostamente estão
envolvidos nos crimes. Ele dará entrada em requerimentos para convocar as
pessoas citadas nas investigações. “Só agora, com esses requerimentos, é que
teremos dentro da CPI substratos para que essas instituições forneçam detalhes
de envolvimentos, inclusive de pessoas ligadas à vida pública do Estado do Ceará”,
disse. Hugo quer informações sobre ações do DPVAT de órgãos como Tribunal de
Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Regional de Medicina, Conselho
Regional de Fisioterapia e até da Seguradora Líder, já ouvida em um primeiro
momento.
Ao menos quatro reuniões já foram feitas pelo colegiado. No fim da
tarde de hoje, outro encontro será realizado para ouvir o titular da Delegacia
e Acidentes de Veículos e Delitos de Transito (DADT), o delegado César Wagner.
Na primeira reunião do grupo, o delegado titular da Delegacia de Itapipoca,
Marcos Aurélio, entregou a membros do colegiado, documento com mais de
19 mil páginas que constata fraudes em atestados falsos de profissionais da saúde e da
Polícia, em que pessoas infiltradas facilitavam esquema fraudulento.
Funcionários do Hospital Camiliano de Itapipoca serviam como captadores de
pessoas para figurar as fraudes, explicou o presidente da comissão, José Sarto(PROS). Continue lendo AQUI.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:39h
Com informações do DN