terça-feira, 8 de março de 2016

ETERNAS DESIGUALDADES DO UNIVERSO FEMININO

ETERNAS DESIGUALDADES 
DO UNIVERSO FEMININO 
(Nandy Cunha)
Oi! Dois anos atrás recebi convite de Tadeu para escrever algo sobre o Dia Internacional da Mulher, (você pode acessar AQUIe este ano cá estou novamente. Obrigada pelo convite!
Em 2014 eu citei alguns temas sobre os quais eu gostaria de falar, e poderia, agora, falar deles, mas preferi fazer algo diferente.
Procurei, no Facebook, publicações com a hashtag #diainternacionaldamulher. Minha intenção era a de comentar as publicações mais interessantes da lista gerada com a pesquisa. Só que parte delas traziam o estereótipo feminino da mulher que não faz nada além de ser dona de casa e cuidar dos filhos e do marido. Não vejo nada de errado nisso, desde que essa não seja a única opção. Outra parte apresenta enfoque apenas nos presentes, e tem que ser maquiagens, roupas... Não sou contrária aos presentes, gosto de presentes, mas acho que falar de uma data tão importante apenas sob esse aspecto é algo superficial diante do contexto que a gente vive hoje.
Há alguns meses, surgiu nas redes sociais a hashtag (essa é outra, pessoal) #meuamigosecreto, e também a #meuprimeiroassedio em que vítimas de violências relatavam agressões vividas por elas, e podiam ser agressões verbais, físicas, sexuais. Muitas pessoas falaram de abusos sofridos, de diversos tipos, o que mostra que a violência contra a mulher é ainda um assunto sério, de debate urgente. Quando falo violência, não falo apenas de tapas, murros, chutes, palavrões. Falo de privações, de desvantagens que as mulheres tem quando, por exemplo, ganham menos que os homens quando executam funções semelhantes numa empresa quando apresentam as mesmas qualificações. 
Isso é o tipo de coisa que acontece até em Hollywood, por exemplo (Veja AQUI) !
Outro dia, comentei com meus colegas e professores de faculdade que normalmente a gente lê O médico e A enfermeira, e isso é frequente demais!! Não estou reclamando! Serei médica se Deus assim permitir, estou estudando para isso. Se historicamente o Cuidado é atribuição feminina, esse não é por si só um problema, mas se a mulher está relegada a ser Enfermeira (não A Médica) e o homem será sempre O Médico (dificilmente seria O Enfermeiro), temos aí uma questão para pensar. Entendam, não é bem uma queixa, é um questionamento. Por que é assim? 
Bom, já falei demais e meu objetivo é fazer com que você, leitor, se delicie pensando no porquê de as coisas serem assim desiguais. Felicito todas as mulheres pelo nosso dia, em especial a minha Mãe, e torço para que no menor tempo possível nós sejamos cada vez mais respeitadas/valorizadas pelas nossas aptidões.
Nandy Cunha 
(Acadêmica de Medicina da UFPI)