Até os anos 1970 eram praticamente eles dois. Um
olhando para o outro, expressando talvez suas importâncias. Depois, outros
foram se agregando, reformulando e remodelando o espaço urbano.
Geralmente, em
torno da Igreja Matriz de cada lugar se forma o núcleo urbano com suas casas
residenciais. Em Camocim, esse quadrilátero, com o tempo sofreu as mudanças
irreversíveis do tempo e foi incorporando outros prédios com suas simbologias,
sentidos e significados. Da Igreja e da Prefeitura que representavam os poderes
religioso e político foram se acrescendo o Colégio Estadual Padre Anchieta
(CEPA) e depois João da Silva Ramos (hoje CEJA João Ramos), o Patronato São
José, depois Ginásio Imaculada Conceição, hoje Instituto São José como
exemplares do poder educacional.
A Capitania dos Portos (Marinha do Brasil) é o
braço do poder militar, além da Cadeia Pública. O Fórum é o Poder Judiciário. O
Hospital Maternidade é o poder nos serviços da saúde. O Governo Federal se faz
presente com a Agência da Receita Federal. O poder econômico pode ser percebido
na Agência da Caixa Econômica e lotérica, além do comércio que avança nas duas
ruas laterais: Rua 24 de Maio e Santos Dumont. Hoje se contam nos dedos o que
antes eram as casas residenciais.
Portanto, não há lugar melhor para
historiadores e professores de história analisarem e mostrarem as mudanças
ocorridas no tempo e no espaço em Camocim.
Carlos Augusto Pereira dos Santos
Historiador
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