Neste domingo (17) é comemorado o Dia Mundial da
Hemofilia. A data serve para conscientizar a sociedade sobre a gravidade da
doença e para combater a desinformação, raiz do preconceito contra os seus
portadores.
Existem dois tipos de hemofilia: A e B. A
hemofilia A ocorre por deficiência do fator VIII de coagulação do sangue e a
hemofilia B, por deficiência do fator IX.
A doença pode ser classificada, ainda, segundo a
quantidade do fator deficitário em três categorias: grave (fator menor do que
1%), moderada (de 1% a 5%) e leve, acima de 5%. Neste caso, às vezes, a
enfermidade passa despercebida até a idade adulta.
O gene que causa a hemofilia é transmitido pelo
par de cromossomos sexuais XX. Em geral, as mulheres não desenvolvem a doença,
mas são portadoras do defeito. O filho do sexo masculino é que pode manifestar
a enfermidade.
Nos quadros graves e moderados, os sangramentos
repetem-se espontaneamente. Em geral, são hemorragias intramusculares e
intra-articulares que desgastam primeiro as cartilagens e depois provocam
lesões ósseas. Os principais sintomas são dor forte, aumento da temperatura e
restrição de movimento. As articulações mais comprometidas costumam ser joelho,
tornozelo e cotovelo. Quanto mais precoce for o início do tratamento,
menores serão as seqüelas que deixarão os sangramentos. Por isso, o paciente
deve ter em casa a dose de urgência do fator anti-hemofílico específico para
seu caso e ser treinado para aplicá-la em si mesmo tão logo apareçam os
primeiros sintomas.
Deve também fazer também aplicações de gelo, no
mínimo, três vezes por dia, por 15 ou 20 minutos, até que a hemorragia
estanque. Vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve
ser encaminhado para fisioterapia a fim de reforçar a musculatura e promover
estabilidade articular.
Postado por Tadeu Nogueira às 11:05h
Com informações de Drauzio Varella