O plebiscito sugerido para definir sobre a
renovação, ou não, da concessão da Coelce está nas mãos do governador Camilo
Santana. A sugestão está no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI), instalada em 2015 na Câmara Municipal de Fortaleza, que investigava
irregularidades na distribuidora.
Na sessão de ontem, o vereador Robert Burns (PTC),
reiterou o pedido de plebiscito. “Não podemos ficar com uma empresa que só tem
a finalidade de lucrar, que cobra taxas absurdas, deixa postes caindo. Já foram
20 anos”, disse.
O relatório final foi apresentado pelo presidente
da CPI, o vereador Deodato Ramalho (PT), no plenário na última terça. Entre as
conclusões, estão a de que a empresa não respeitava a legislação quanto ao
descarte de resíduos sólidos.
Teriam sido verificadas, também, condições de
trabalho análogas à escravidão em relação a alguns terceirizados, que
trabalhariam na destruição de postes velhos sem usar equipamentos de segurança.
Eles não receberiam salário regular, mas um valor de R$ 10 por poste.
Além disso, a empresa fez com que alguns
consumidores perdessem benefícios do Estado para a baixa renda ao realizar
cobrança em duplicidade. Deodato ressaltou o dever da Coelce de reparar os
danos causados a esses clientes.
Lá vou eu: A Coelce faz o que faz porque não tem concorrente. A empresa só visa o lucro fácil, pouco se importando com seus clientes, explorando terceirizados. O governador agiria com sensatez se entregasse nas mãos do povo, a decisão sobre renovar ou não a concessão.
Postado por Tadeu Nogueira às 05:35h
Com informações do Jornal O Povo