Em setembro de 2014, vesti minha melhor e única beca, enfrentei o
calor e fui conferir no Galpão da Estação Ferroviária a apresentação do livro didático,
“Historiando Camocim” escrito pelo Professor Camocinense Carlos Augusto e Gleiciane
Freitas. Na ocasião prometeram a adoção do mesmo nas escolas do município
para o ano letivo seguinte. Em junho de 2015, cobramos no blog a tal
promessa que durante aquele ano não se efetivou. O ano de 2016 passou e soubemos que houve até uma abertura de licitação, cujo processo, pelo jeito, não se concluiu.
Já estamos
em março de 2017. Aí fica a pergunta que não ofende: Quem poderá nos dar uma notícia sobre esse verdadeiro parto
“a fórceps”? O meu temor é que um
livro próprio, falando de nossas origens e de nossa gente, fique no
esquecimento depois de tanto trabalho, de tanto conteúdo interessante, por tudo
que percebi durante a apresentação do trabalho em setembro de 2014, o que compensou suportar a beca e o calor.
Não custa
lembrar que a adoção de um livro dessa natureza, influirá positivamente nos
critérios de avaliação da educação de Camocim que, segundo apontam os números, vastamente noticiados aqui mesmo no Camocim Online, experimenta uma evolução nos índices educacionais. Enquanto isso, ter um livro didático de História adotado nas suas escolas municipais, segue sendo um privilégio apenas de
Fortaleza, Sobral (foto) e Bela Cruz. Camocim, que já conseguiu o mais difícil, que foi a produção de sua história em um livro, segue, como diz o povo antigo, se engasgando com um mosquito.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:12h