Eu sou a mãe e sou a filha... Eu sou bela,
recatada e do lar... eu sou do mar... eu sou do bar... eu sou de qualquer
lugar!
Eu sou um grito sem voz, eu sou o choro do mal, eu
sou página de jornal, eu sou mulher!
Eu sou, eu fui, eu quis...
A culpa? É minha! Eu sou o silêncio e o medo.
O que queremos? Não é ver ninguém se dar mal.
Eu quero que a minha voz te toque, eu quero que o
meu canto ecoe, eu quero gritar a liberdade, eu quero o direito de dizer não,
eu quero dar um abraço na noite, eu quero que me dê sua mão.
Eu quero o
brilho; eu quero o chocolate do dia 8 de março de janeiro a janeiro; eu quero
as flores desse dia para a rica e para a pobre, para a branca e para a negra.
Eu quero exaltar a beleza das gordas e das magras; eu quero o sim e a voz...
Acreditar, enxergar e poder, é o que eu eu quero,
é o que nós queremos: eu sou Eva, Aída, Araceli, Mônica, Madalena... Ê
Madalena, eu sou tu, eu sou ela, eu sou nós, eu sou Capitu!
Eu sou o que eu quiser, e para não deixar de rimar, eu sou mulher!
Eu sou o que eu quiser, e para não deixar de rimar, eu sou mulher!
Texto enviado por Naiana Íris (Professora)