
“Todo mundo acha esse ônibus bonito né? Nossa! É o ônibus mais elogiado
das faculdades de Sobral. Seria uma pena se eu acabasse com o encanto de vocês
e falasse que ele tá com o ar-condicionado quebrado. Pois é, mesmo com o
ar-condicionado quebrado somos obrigados a ir para Sobral nele, mesmo passando
mal no calor, pois ninguém se preocupa em mandá-lo para o conserto", postou um estudante na segunda-feira (17).
Bastou 24 horas para que essa e outras justas
reclamações fossem rebatidas com vigor por Romeu Arruda, atual procurador
e, segundo populares, “prefeito de fato” de Granja (tira-se pelo apelido da prefeita). Em nota, ele citou, entre
outras coisas, que o transporte gratuito não consta em lei, que era uma
“cortesia” do município. Disse ainda que as reclamações eram “ridículas”. Perguntou
se os estudantes tinham esquecido de como era o ônibus em 2012. Em momento algum admitiu qualquer irregularidade. Imediatamente
após sua publicação, houve revolta e indignação entre os universitários.
“Hoje (18/04) cheguei da faculdade em casa às 3
horas da manhã, adivinhe o porquê. Sim, o ônibus mais uma vez quebrou. Ontem
quando estávamos voltando de Sobral para Granja o ônibus começou a subir uma
fumaça no trecho entre Massapê - Senador Sá e tivemos que parar, pois o mesmo
não se encontrava em condições de chegar até Granja. Enfim, nós
universitários não queremos causar intrigas, só queremos o respeito que andam
por aí pregando ter por nós”, disse um estudante.
“É
revoltante ver um tipo de postagem dessa. Se éramos para permanecer em 2012,
não devia ter maquiado tanto. Se fosse para permanecer igual, para que escolheríamos
a mudança? O que é revoltante mesmo é maquiar algo. E não é a primeira vez que
quebra, não. Já são várias e várias vezes. Lembramos que quase já pegou fogo.
Ou melhor, literalmente pegou fogo. É uma máquina e pode quebrar sim. Mas é
devido ao uso excessivo de apenas um dos ônibus, que mal chega de uma viagem e
já vai para outra. Nem dá tempo esfriar o motor. O motorista é ser humano e
pode adoecer, mas por que não manda outro? Não é ingratidão, mas só quem vai todo dia e
volta sabe do sofrimento. Se não pode fazer, que não invente”, desabafou uma universitária.
Postado por Tadeu Nogueira às 09:36h