domingo, 22 de outubro de 2017

LOBISOMENS E VISAGENS, POR ARTUR QUEIRÓS

Antigamente era trivial o aparecimento de coisas esquisitas, visagens e o lobisomem. Sim, o lobisomem! Coisa do capeta, diziam uns, amancebado que vira bicho de quinta para Sexta-feira, diziam outros. 
A crendice popular jura que é um santo remédio para acabar com pixilinga de galinha e galinheiros esparzir, em cruz e nos cantos, areia tirada de rastro de amancebado. É tiro e queda! Temos sempre alguma dúvida sobre façanhas e sucessos desse terrível cabeludo ou cadeirudo, como diz a novela, que apavora todo o mundo, misto de lobo e homem, como o vocábulo sugere, homem que se metamorfoseia em lobo. 
Sei lá! Depois, em se pensar na sereia, que é meia mulher e meio peixe... o canto mavioso desse inusitado fenômeno animal da antiguidade, de longas e saudosas melenas, estonteante beleza, encantava marujos embevecidos, a ponto de perderem-se-lhe os navios, menos Ulysses, que vencendo-lhes a sedução de sutil artimanha, fez com que elas, desgostosas, se precipitassem em suicídio dos altos rochedos da Ilha Caprea, como relata em sua Odisséia Homero, notável poeta grego. Será que ainda existem? Continue lendo AQUI.
Autodidata, Artur Queirós era memorialista, escritor e jornalista. A crônica acima foi publicada pela primeira vez no Camocim Online em em 28/04/2011