As raízes de Nadia Ayad estão no Sudão, terra de
origem de seus pais. Mas pode-se dizer que essa engenheira de materiais é
alguém que cresce em direção a muitos horizontes, espalhando sementes de
conhecimento por onde passa. Como ao conquistar o primeiro lugar de um desafio
mundial com um projeto de purificador de água poderoso — um filtro que torna
potável a água já usada em casa.
Feito de grafeno – composto à base de carbono,
derivado do grafite e 200 vezes mais resistente que o aço –, ele é usado para a
dessalinização da água em residências. O dispositivo permite reciclar a água de
uma máquina de lavar ou a que escorre pela pia, por exemplo, transformando-a em
potável.
Com a proposta, Nadia venceu, em novembro de 2016,
o Desafio Mundial do Grafeno da Sandvik Coromant, empresa que usa esse material
na fabricação de ferramentas para a indústria.
A conquista lhe deu o direito de pisar em mais um
território: foi à Suécia visitar a sede da Sandvik e o Centro do Grafeno na
Universidade de Chalmers, em Gotemburgo.
Antes mesmo de se formar no Instituto Militar de
Engenharia (IME) do Rio de Janeiro, passou um ano na Universidade de
Manchester, na Inglaterra, com uma bolsa do projeto governamental brasileiro
Ciência sem Fronteiras.
Em solo britânico, trabalhou no desenvolvimento de
um polímero que substituísse válvulas cardíacas, em um estágio realizado no
Imperial College London.
Atualmente, a cientista de origem e de vocação gera e colhe
frutos no curso de PhD em bioengenharia da Universidade da Califórnia em
Berkeley (EUA).
Postado por Tadeu Nogueira às 21:25h
Com informações do QSocial