O mês de abril ainda não chegou na metade e Granja já registrou incríveis 511 milímetros de chuvas. Em apenas uma delas, o pluviômetro localizado em Timonha (zona rural), marcou, no dia 8, 173 milímetros. Foi a maior chuva do estado em 2018.
No ano, segundo a Funceme, a cidade lidera em chuvas com 1752 milímetros.
Junto das águas vem um problema que a Oligarquia Arruda, que manda no município há mais de 50 anos, nunca se interessou em resolver.
Trata-se das enchentes que ocorrem, ano após ano, em plena zona urbana, atingindo bairros como Favela do
Oiteiro, Barrocão, Boca do Acre e muitos outros. Todos localizados próximo ao centro da cidade.
Sem obras de drenagem, saneamento e
pavimentação, essas áreas recebem, além das águas, muito lixo e outros
detritos, elevando drasticamente o risco de doenças. O cenário não está ainda pior porque, segundo moradores, as fortes chuvas estão caindo mais na zona rural, onde há estradas cortadas, como é o caso de Timonha. "Não há um ordenamento urbano. O poder público não prioriza esse problema histórico. Sempre temos pessoas expulsas de suas casas no período invernoso", disse um comerciante.
Em fevereiro último, após uma chuva apenas mediana, a cidade contabilizou desabrigados. Agora, com abril despejando água quase todos os dias, a situação piorou.
Segundo a Prefeitura de Granja, até o momento, 6 famílias foram retiradas de suas residências por conta das chuvas intensas. Ainda segundo o órgão, "a situação está sob controle, e já foi solicitado ao governo do Estado
que monitore o município". Já por parte da população, os relatos dão conta que o número de desabrigados é bem maior.
Mais uma vez, assim como vem sendo feito nos anos anteriores, não há um único anúncio de obras que visem combater os estragos causados pelas chuvas do próximo ano, já que para este ano, deixaram mais uma vez o "cavalo passar selado".
Postado por Tadeu Nogueira às 11:20h
Foto: Fan Page da Prefeitura de Granja
Foto: Fan Page da Prefeitura de Granja
