Com capacidade para 66 internos, a Cadeia Pública de Camocim sempre esteve acima desse limite, porém, os números atuais passaram a ser impressionantes e, acima de tudo, preocupantes.
São mais de 260 presos distribuídos em 7 celas e um albergue. A grande maioria cumpre regime fechado. O total inclui também 24 mulheres e detentos do semiaberto e aberto. 90% estão presos por tráfico de drogas.
Na semana passada, apenas em 24 horas, a Polícia Militar prendeu 5 pessoas acusadas de comercializar drogas como maconha, crack e cocaína.
Com a implantação do sistema de videomonitoramento e de um Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) na cidade, as prisões aumentaram de forma significativa. Em contrapartida, a Secretaria de Justiça segue sem executar ações que visem criar espaço para o esperado crescimento da população carcerária do município.
A Direção da Cadeia Pública de Camocim já pediu ao Governo do Estado a interdição do prédio. Enquanto isso não acontece, teve início nesta segunda-feira (30), devendo se estender até a próxima sexta-feira (03), um Mutirão Carcerário. A ação emergencial, promovida pelo Ministério Público e Poder Judiciário, visa minimizar a superlotação. Sem ter nada a ver com a situação, a Polícia Militar segue realizando blitze e operações visando o combate frontal à criminalidade.
Postado por Tadeu Nogueira às 11:25h