O BPRaio, instalado na cidade desde junho deste ano, não tem dado trégua aos "retalhistas", teimosamente denominados de "traficantes".
Um reflexo dessas ações ininterruptas é a superlotação da Cadeia Pública local. Com capacidade para 66 detentos, a unidade prisional, que já teve sua interdição solicitada pela sua direção, abriga atualmente quase 300 presos.
Mais de 80% estão recolhidos por compra, venda ou consumo de entorpecentes. E igualmente, quase todos, sem recursos, estão apelando para os serviços sobrecarregados e gratuitos da Defensoria Pública.
O cidadão tem se posicionado a favor das ações contínuas das Forças de Segurança. Por outro lado, tem sido cada vez mais recorrente o questionamento sobre se há ou não também a venda de drogas no atacado em Camocim, algo que seria bem diferente do que é visto sendo vendido em paupérrimas bocas de fumo, mantidas por pessoas que não apresentam um padrão de vida condizente com o lucro excessivo atribuído a quem decide enveredar no comércio de entorpecentes.
O questionamento, cada vez mais presente no dia a dia, surgiu a partir das quase sempre pequenas apreensões apresentadas juntamente com as prisões.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:33h