Em menos de um mês, nove agentes do Batalhão da Polícia do Meio Ambiente (BPMA) saíram da liberdade e da atividade policial para a prisão e viraram réus em um processo por crimes militares.
Conforme o Ministério Público do Ceará (MPCE), a quadrilha formada dentro da Polícia Militar do Ceará (PMCE) exigia até R$ 20 mil de empresários na Região Norte do Estado e, para ser atendida, ameaçava apreender materiais, fechar estabelecimentos e até prender ou matar. Empresários de Camocim e demais cidades da região estão entre as vítimas.
A Justiça aceitou a denúncia do MPCE, no dia 26 de abril último, contra o tenente-coronel Paulo de Tasso Marques de Paiva (comandante da unidade do BPMA de Sobral), o major Francisco Marcelo Nantuã Beserra, os sargentos Raimundo Nonato Cruz, Jorge Luís de Sousa, Marcelo Cristiano de Melo, Reginaldo Bento de Araújo, Antônio Barbosa Filho e Décio Alves Fernandes, além do soldado Pablo Weslly Cavalcante de Sousa (filho do sargento Jorge Luís).
Na decisão, a juíza da Auditoria Militar do Ceará citou 20 ações criminosas cometidas pelo grupo de PMs. Em uma delas, no "Caso Caminhoneiro", a investigação descobriu, através de conversa interceptada por decisão judicial, que o sargento Jorge Luís de Sousa acertou com um caminhoneiro - que tinha como destino Tianguá e Viçosa do Ceará - a entrega de dinheiro (chamada de "garoupa"), relógios e armações de óculos, no dia 28 de dezembro do ano passado.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:51h
Com informações do DN