Diz a lenda que o atual vereador Aníbal Arruda foi apresentado como candidato a prefeito de Martinópole em 2016, pelo seu irmão, o atual deputado Romeu Arruda, que atua como uma espécie de "donatário da capitania hereditária de Granja".
A imposição, porém, foi rechaçada pela ´grupo político dos Fontenele, que queria a todo custo voltar ao poder.
Como desculpa, o deputado teria dito que nenhum membro do grupo, ou seja, da família, estaria com a ficha limpa para isso.
Daí teria vindo um "êpa" lá do fim da fila.
O "êpa" era de Júnior Fontenele, que provou ser "o último dos moicanos", estando assim com a ficha cristalina para concorrer.
Como a jogada não deu certo, o deputado contentou-se em lançar o irmão para vereador, com a certeza de que ele emplacaria logo a presidência da câmara.
Assim foi feito. Júnior foi eleito, Aníbal assumiu a chefia do legislativo e todos estavam satisfeitos. Nem todos.
O deputado não é de aceitar ser contrariado. Preparou então o "laço" para Fontenele, que passou seu mandato deslumbrado com o poder e as "micaretas".
Enquanto isso, na penumbra, o plano para sujar sua ficha e impedir sua candidatura à reeleição em 2020, abrindo assim, na marra, a vaga para Aníbal, estava em andamento.
O plano consistia em dar mais poder a Fontenele. Foi assim que surgiu, em 2017, sua eleição para presidente do Consórcio de Saúde de Camocim. Pense num homem empolgado.
Após uma administração catastrófica, seguindo ordens de seu "chefe e algoz", gerando assim dívidas trabalhistas de milhares de reais, calote em fornecedores e graves irregularidades administrativas, Júnior Fontenele, que também amarga impopularidade recorde em Martinópole, tem uma grande chance de ficar impedido legalmente de tentar a reeleição.
É como diz o ditado: "Quem come no meu pirão..."
Enfim, se era pela ficha limpa...
Enfim, se era pela ficha limpa...
Postado por Tadeu Nogueira às 09:53h