Na manhã desta quarta-feira (06), o veleiro "Sea Jade", de bandeira de Gibraltar, ancorado nas águas do Rio Coreaú, em Camocim, foi inspecionado pela Marinha do Brasil, por meio da Agência da Capitania dos Portos.
Segundo relatos do Capitão da embarcação, Eduardo Augusto, a embarcação teria saído das Ilhas Canárias, em 5 de março de 2020, com destino a Fort Lauderdale (EUA).
Foi aí que um drama teve início. O veleiro não foi autorizado a atracar em portos norte-americanos em razão da pandemia do novo coronavírus.
Assim, seguiram viagem pelas ilhas do Caribe até receberem autorização para atracar em Antígua e Barbuda, no dia 24 de março, onde ficaram até o dia 21 de abril, quando então seguiram com destino a Fortaleza.
Ainda segundo o capitão, no dia 24 de abril, a embarcação sofreu avarias em um de seus dois motores. Além disso, teve um rasgo em uma das velas.
Sem permissão para atracar nas demais ilhas do Caribe, sem voos e sob risco de furacões, os dois tripulantes decidiram seguir viagem para Fortaleza a fim de realizar os referidos reparos, aportando em Camocim apenas para realizar abastecimento de combustível, gêneros alimentícios e aguardar melhores condições meteorológicas para seguirem viagem. Após verificação dos itens de praxe, uma equipe da Secretaria Municipal da Saúde realizou avaliação preliminar dos tripulantes, os quais não apresentaram sintomas da Covid-19. Houve ainda doação de materiais de proteção da AgCamocim e da Prefeitura, além da orientação quanto às medidas de prevenção e enfrentamento ao coronavírus.