Estudo conduzido por professores universitários do Ceará aponta que o auge da segunda onda da Covid-19 em Fortaleza já passou. O pico de casos ocorreu em 1º de março (2.165 casos) e o de mortes no dia 19 do mesmo mês (63 óbitos).
Boletim epidemiológico do Instituto Integra Dados (IID) utiliza dados oficiais da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), além de algoritmo criado pelos pesquisadores para analisar informações. Resultados foram divulgados nesta quarta-feira (7).
Conforme Nonato de Castro, estatístico, professor do Curso de Computação da Universidade Estadual do Ceará (Uece), após o pico, já é possível observar uma tendência de alta nas recuperações e de diminuição da positividade de testes.
Os resultados da pesquisa foram consolidados juntamente com o professor da Unichristus e economista Daniel Bentes, sócio-fundador do IID.
Apesar de os picos de maior letalidade e positividade de exames para a Covid-19 em Fortaleza ter ocorrido em março, ainda não é o momento de afrouxar as regras de isolamento social. O sistema de saúde ainda sofre com alta pressão, conforme Nonato de Castro.
O boletim calcula ainda a Taxa de Reprodução, chamada “Rt”, da Covid-19. Os próximos dias devem ser de queda desse indicador, "sendo possível a saída com segurança do isolamento social rígido. A projeção é de queda para o próximos meses, com probabilidade de previsão de 98%.
Nessa terça-feira (6), o "Rt" está em 1,05. Quando é maior que 1, cada paciente transmite a doença a, pelo menos, mais uma pessoa. Quando é menor que 1, menos indivíduos se infectam. Leia mais no DN
Por Tadeu Nogueira