Todos tinham como função extrair palha da carnaúba, mas em condições degradantes - sem água encanada, energia elétrica, equipamentos de segurança e dividindo espaço com porcos.
O grupo dormia em redes na parte externa, junto a uma pocilga, e usava um fogareiro para o preparo da alimentação. Eles foram resgatados em inspeção realizada entre os dias 20 e 24 deste mês, mas as informações só foram divulgadas nesta segunda-feira (27).
O resgate dos trabalhadores foi realizado em uma ação do Ministério Público do Trabalho em parceria com a Auditoria Fiscal do Trabalho e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Além de serem retirados do local, foi feita a rescisão indireta dos contratos de trabalho, pagamento das verbas rescisórias e direitos trabalhistas. Além disso, o grupo deve receber seguro-desemprego por três meses. Os trabalhadores haviam sido aliciados em Martinópole para atuar em Granja.
No espaço em que as pessoas foram encontradas havia animais, acúmulo de fezes e água reservada de forma inadequada, como em embalagens de produtos químicos. A fonte de água, inclusive, só estava disponível a 2 km de distância da casa - sem saneamento básico - onde o grupo se abrigava. Os trabalhadores não tinham contratos de trabalho registrados, não receberam os equipamentos de proteção, nem tinham acesso a banheiros ou materiais de primeiros socorros nas frentes de trabalho. Com informações do DN
Por Tadeu Nogueira